Nubank se conecta ao Drex e Nucoin reage após venda de R$ 1,1 bilhão em ações e lucro de R$ 1,3 bilhão

Mercado de criptomoedas continua de olho na CBDC e na variação de preços do NCN, após fortes movimentações envolvendo o Nubank e a macroeconomia.

O Nubank anunciou nesta sexta-feira (18) o início dos testes práticos como parte da integração de sua plataforma de serviços financeiros ao projeto-piloto do Drex, o “Real Digital”, versão brasileira da moeda digital emitida por banco central (CBDC, na sigla em inglês), que opera na tecnologia Hyperledger Besu, escolhida pelo Banco Central do Brasil para as transações, rede à qual o Nubank concluiu a instalação de um nó.
O comunicado acontece após a divulgação do relatório do segundo trimestre e em meio a uma forte queda das ações do Nubank (NU), que se encontrava precificado em US$ 7,14 (-6,54%), correção que sucedia a venda de 3% das ações do Nubank pertencentes ao CEO e fundador da fintech, David Vélez, na última quarta-feira (16). Já o NCN, utility token que atua em um programa de cashbach do Nubank e que pode ser comprado ou vendido dentro do aplicativo da fintech, estava precificado em R$ 0,096 (+9,86%).
Gráfico de 24 horas do par NCN/BRL. Fonte: Captura de tela/Nubank
“O Nubank é um entusiasta da tecnologia blockchain e acreditamos que o sucesso do Drex tem o enorme potencial de tornar as operações financeiras dos nossos clientes mais simples, seguras e eficientes. A capacidade de inovação e evolução de operações do dia a dia, como a transferência de posse de bens físicos, é imensa”, declarou o líder das operações do Nubank Cripto, Thomaz Fortes.
Em relação à vendas das ações, em um montante de US$ 192,5 milhões, pouco mais de R$ 1,1 bilhão pela cotação do dólar americano, segundo documentos da SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA, o Nubank informou que a transação representa 0,5% do capital da empresa e que a venda foi “motivada exclusivamente para fins de planejamento imobiliário e para apoiar e financiar os empreendimentos filantrópicos de Vélez.” 
A negociação aconteceu no dia seguinte à divulgação do balanço financeiro do Nubank relativo ao 2º trimestre de 2023, documento em que o banco digital relatou um lucro líquido de US$ 262,7 milhões (R$ 1,3 bilhão) ante US$ 17 milhões relatados no mesmo período do ano passado, além de US$ 1,869 bilhão em receita, volume que representou um aumento trimestral de 15% e anual de 60%.
Quanto ao NCN, o token demonstrava resiliência em relação às primeiras horas da manhã, quando o criptoativo era transacionado por R$ 0,094 (-10,51%). Entretanto, em relação a um pico de 2.142% registrado na última segunda-feira (14), o NCN, alvo de diversas versões falsas tentando se aproveitarem do hype do token, já havia devolvido aproximadamente 61% do ganho acumulado naquele dia, já que a alta acumulada era de 830%.
Gráfico histórico do par NCN/BRL. Fonte: Captura de tela/Nubank
Por sua vez, o Drex estreou no último dia 4 quando o SFCoop, um consócio formado pelas cooperativas financeiras Sicoob, Sicredi, Ailos, Cresol e Unicred, relatou suas primeiras emissões do Real Digital, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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