Vice-presidente, Geraldo Alckmin, afirma que Bitcoin e criptomoedas serão focos do governo no combate a corrupção

Brasil vai focar no combate a corrupção e lavagem de dinheiro com criptomoedas

Os integrantes do Conselho de Governança da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla) relizaram a primeira reunião para apresentar os temas para o ano de 2024 e definiram que as criptomoedas estão entre os focos principais de atuação do grupo.

Segundo a Enccla, os crimes cometidos por meio da utilização de novas tecnologias, tais como criptomoedas, gamming, monetização, apostas online e crime cibernético, serão foco do grupo.

De acordo com sua Ação 09/2023, a Enccla está elaborando um relatório com tipologias de lavagem utilizando novas tecnologias. A partir da identificação dessas tipologias, os órgãos poderão criar metodologias e rotinas de trabalho.

“Aperfeiçoar a legislação envolve muitos setores do governo e dos outros poderes, e, também, a sociedade civil organizada. Além do trabalho geral, a Enccla vai focar nos crimes ambientais, criptoativos e lavagem de dinheiro”, afirmou o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

O ministro Flávio Dino explicou que o MJSP, por meio de vários órgãos, já está atuando dessa maneira, com o combate, por exemplo, ao garimpo ilegal e à extração ilegal de madeira na terra yanomami.

“Há uma preocupação nossa especial com a lavagem de dinheiro. Só haverá sustentabilidade se alcançarmos os financiadores e o destino da madeira ilegal e do ouro ilegal. Precisamos fechar espaços, aprimorar a legislação e combater novos crimes. Daí, o presidente Lula querer a mobilização do governo para combater a lavagem de dinheiro. O evento de hoje complementa as ações práticas que a Polícia Federal e outros órgãos de Justiça estão empreendendo”, definiu Dino.

Lavagem de dinheiro

Como noticiou o Cointelegraph, recentemente a empresa de segurança Elliptic publicou o relatório “Prevenindo crimes financeiros com Criptoativos”. O relatório avalia casos onde os ativos digitais são ou podem ser usados para lavar dinheiro, e o metaverso é um deles. De acordo com a Elliptic, o “metaverso apresenta riscos de crimes financeiros”.

Em seu relatório a Elliptic afirma que espera um crescimento substancial no engajamento de usuários nos universos virtuais. A empresa menciona ações de publicidade conduzidas dentro do metaverso por empresas como Adidas, JPMorgan, Samsung e Gucci. Além disso, foi citada a previsão da Citi de que o universo virtual pode ser uma oportunidade de US$ 13 trilhões para as empresas.

“Contudo, a emergência do metaverso também apresenta riscos de crimes financeiros”, destaca o relatório. “Apesar de casos criminosos envolvendo o metaverso ainda serem poucos, conforme o ramo cresce, também aumentam os riscos de que atores podem lavar dinheiro através do espaço virtual, ou cometer crimes”, acrescenta.

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