Jovens com menos de 18 anos recebem autorização exclusiva para operar Futuros na Bolsa de Valores do Brasil

Alunos do Instituto J&F receberam uma concessão inédita da B3 para, mesmo sendo menores de idade, operarem o Ibovespa Futuro

Alunos do Instituto J&F receberam uma concessão inédita da B3 para, mesmo sendo menores de idade, operarem o Ibovespa Futuro, índice que negocia contratos de compra e vendas de ativos liquidados no futuro.

No Projeto Jovem Investidor, desenvolvido em parceria com a corretora Commcor, o Instituto J&F disponibiliza um capital de R$ 3 milhões para que 130 estudantes invistam na B3. Com isso, desenvolvem conhecimento sobre mercados, percepção de risco-retorno, entendimento quanto aos produtos da bolsa de valores e capacidade analítica.

“Esse reconhecimento em relação ao Projeto Jovem Investidor é mais um componente de um amplo e inédito programa de formação voltado para unir com maior assertividade o aprendizado da escola com o mundo financeiro na prática, levando aos alunos entenderem que as decisões tomadas no dia-a-dia têm benefícios e custos”, disse o Diretor do Instituto J&F e membro dos conselhos de administração do Banco Original e do Picpay, Raul Francisco Moreira.

A participação no projeto é opcional para os matriculados do 9º ano do Ensino Fundamental e da 1ª e da 2ª série do Ensino Médio. Dependendo de sua senioridade, os alunos podem ter maior ou menor exposição ao mercado, atuando com lotes de minicontratos de índice futuro Ibovespa.

“Todos os interessados precisam passar por uma prova e ter autorização dos responsáveis para poder participar e contam com apoio contínuo dos professores para desenvolver o aprendizado”, explica Edison Simões, professor de finanças responsável pelo projeto.

O projeto Jovem Investidor conta com a colaboração do PicPay, que fornece conteúdo para as aulas e projetos, utilizando exemplos reais da empresa. Essa parceria tem como objetivo preparar os alunos de maneira abrangente para ingressar no mercado financeiro, garantindo que seu aprendizado esteja sempre atualizado e evitando a obsolescência do conhecimento.

Além do Projeto Jovem Investidor, os alunos do Instituto J&F têm a chance de se preparar e realizar exames para obter certificações da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

A Certificação Profissional Anbima Série 20 (CPA-20) concede autorização aos titulares para explicar aos clientes sobre produtos de investimento e crédito. Por sua vez, a Certificação Anbima de Especialistas (CEA) permite atuar na recomendação de produtos para clientes em diversos segmentos e assessorar gerentes de contas.

Até o momento, 27 estudantes do Instituto J&F conquistaram a CPA-20, e 20 obtiveram a CEA. Outros 45 alunos estão se preparando para realizar os exames e obter a certificação ainda em julho.

O CPA-20 é normalmente adquirido por profissionais entre 25 e 35 anos, com taxa de aprovação na avaliação de 57%. Os alunos do Instituto J&F conquistam essa habilitação com idades entre 15 e 16 anos e aproveitamento de 80%. Estudantes de 16 e 17 anos alcançaram 70% no CEA, 30 pontos percentuais a mais do que a aprovação geral na prova feita principalmente por pessoas entre 18 e 25 anos. 

Futuros de Bitcoin

Após lançar sua corretora própria de criptomoedas, a Bolsa de Valores do Brasil, B3, revelou ao Cointelegraph que sua estratégia no setor de ativos digitais não é de curto prazo e que a empresa planeja ampliar sua oferta de produtos, integrar novas criptomoedas em sua exchange e lançar produtos de Futuros de Bitcoin até setembro de 2023.

Em uma entrevista concedida ao Cointelegraph, Jochen Mielke de Lima, CEO da B3 Digitas, destacou que a exchange de criptomoedas da B3 não pretende oferecer produtos para os investidores pessoa física, mas focar no mercado SaaS e voltadas para instituições e empresas que querem ter exposição no mercado de ativos digitais.

“O foco é construir infraestrutura e soluções institucionais para a economia tokenizada, dentro do nosso planejamento estratégico de fornecer serviços para projetos de ativos digitais de instituições financeiras e fintechs que estejam tanto querendo investir no segmento quanto desejando disponibilizar essa oferta para seus clientes, que podem ser corretoras, instituições de pagamentos, fundos de investimentos, family offices e wealth managers. A intenção não é abrir uma exchange de criptomoedas para disputar investidores de varejo”, afirmou.

Mielke também afirmou que por meio da solução “as a service” a B3 Digitas permite que instituições possam rodar um fluxo completo de negociação em modelo livro central ou marketplace, com liquidação.

“O nosso serviço pode ser apropriado, por exemplo, para instituições com distribuição no varejo que possuem necessidade de oferecer a seus clientes finais acesso a criptoativos em suas plataformas, como corretoras, bancos, neobancos e fintechs. Além disso, investidores institucionais que desejam ter essa exposição em seus portfólios e exchanges que gostariam de ter um ‘certificado’ de reservas também podem se beneficiar de nossa solução”, destacou.

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