Pesquisa da XP revela que 60% dos investidores ainda não sabem o que é Open Banking, e você sabe o que é?
Investidores não sabem o que é Open Banking, projeto que ao lado do Pix, deve revolucionar o sistema financeiro do Brasil e tirar poder dos bancos
Segundo pesquisa realizada pela Fliper e XP Inc., conduzida com mais de 2 mil investidores ativos (clientes Fliper, XP Investimentos, Rico e Clear), cerca de 60% ainda não sabem o que é o open banking e como isso transformará o sistema financeiro.
Bastante discutido nos últimos 2 anos, o open banking é um novo modelo de negócio que busca criar serviços mais inovadores e eficazes, otimizando os processos do mercado financeiro por meio de APIs (Interface de Programação de Aplicações) e, consequentemente, melhorando a experiência de seus usuários.
Em resumo, o open banking permite que terceiros acessem essas APIs e possam oferecer aos seus clientes outros produtos e serviços. Esse modelo, além de proporcionar maior concorrência por parte de bancos e corretoras, beneficia diretamente os clientes, que por sua vez passam a ter muito mais transparência em relação aos seus dados financeiros.
O Banco Central do Brasil elenca o Pix e o Open Banking como os principais projetos para digializar o sistema financeiro do Brasil.
Digitalização que inclusive prevê a emissão de uma Moeda Digital do Banco Central , CBDC, que será a versão “Bitcoin” do Real.
Investimentos
Segundo Renan Georges, fundador da Fliper, a fintech vem antecipando o movimento do open banking desde 2017.
“Estudamos o modelo a fundo e percebemos que existem inúmeras oportunidades de negócios e benefícios aos clientes/usuários finais. As pessoas podem ter acesso a melhores serviços, com taxas competitivas e maior liberdade de escolha pela plataforma que simpatizam mais. Por consequência, isso traz muito mais concorrência e competitividade ao mercado”, afirma.
Outro dado curioso da pesquisa, é que mais de 64% dos respondentes mantêm investimentos em mais de 2 ou 3 até instituições financeiras.
Isso mostra que os investidores estão cada vez mais atentos aos produtos e serviços que os Bancos e Corretoras têm a oferecer.
Atualmente, o que faz um investidor ter conta em mais de uma instituição financeira é o fato de que ele pode ter acesso a diferentes produtos, com condições, taxas de performance e administração distintas ou até mesmo isentas.
A pesquisa ainda revelou que 61% do público entrevistado não conta com o apoio da tecnologia (plataformas, aplicativos, ferramentas) para administrar seus investimentos.
“Isso só demonstra o potencial que há pela frente para que fintechs, bancos e corretoras possam se reinventar e trazer soluções inovadoras e criativas, competindo em um mercado cada vez mais transparente” afirma, Georges.
Quando o tema é compartilhamentos de dados, 57% dos entrevistados afirmaram que não compartilhariam seus dados financeiros com terceiros a fim de ter acesso a produtos e serviços financeiros com melhores condições.
Bitcoin
A fintech cripto brasileira Zro Bank aposta na revolução digital da economia brasileira para tornar-se uma referência no mercado.
O CEO do Zro Bank, Edisio Pereira Neto, explica que as revoluções do Pix e do Open Banking, que devem mudar radicalmente a relação entre instituições financeiras e clientes.
Assim, a digitalização das transações deve favorecer modelos de negócios como o da fintech.
“Eu acredito que em, no máximo, dois anos ninguém mais vai usar cartão. Todas as transações serão digitais. E quem não usar meios digitais será visto com desconfiança, algo parecido com o que acontece com os cheques atualmente. […] Tenho 200 casas de câmbio, dessas tradicionais, lojas físicas. E eu sei que isso vai acabar em breve. Vão deixar de existir. E agora, no Zro, nós trabalhamos para isso. Seria algo como se eu tivesse uma frota de táxis e estivesse trabalhando para criar o Uber”
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