Tezos desembarca no Rio de Janeiro com escritório no Brasil
A Tezos, uma das maiores blockchains de código aberto, anunciou o novo endereço phygital na América do Sul: O Rio de Janeiro.
A TZ Brasil – de Guilherme Baumworcel, Maurício Lasevitch e investidores – é a responsável por selecionar os nós validadores da região e chega com novas ideias, novidades e projetos cripto para fomentar.
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O Be[in]Crypto conversou com o CEO da Tezos no Brasil, Guilherme Baumworcel, que, aos 29 anos, fundou sua primeira empresa e, depois, a Rupee Solutions, que nasceu como plataforma de tecnologia em nuvem e aplica metodologias ágeis e inteligência artificial para o Back-Office com recursos que incluem a blockchain para diversos usos.
“O grande desafio dos criptoativos não são os criptoativos e sim como fazer isso virar para o brasileiro. É isso que eu quero fazer!”
Uma das mentes por trás da TZ Brasil é envolvida com educação. Baumworcel, formado em Ciências Contábeis pelas UFRJ, é professor do IBMEC no MBA em Inovação e Tecnologia em Serviços Financeiros e na pós-graduação Master em Digital Management & Metaverso, explica que um dos grandes benefícios do protocolo Tezos é que até hoje nunca teve nenhuma interrupção, nem hard fork.
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A Tezos hoje é uma das maiores chains do ecossistema com preços acessíveis (cerca de US$ 0.001), ao contrário da Ethereum que em alguns casos, as taxas de gás são mais altas que o próprio produto comprado no market place, ultrapassam facilmente os US$ 100. Além de tarifas com valores baixos, as prioridades da Tezos envolvem a promoção de arte, cultura e esportes.
“Tem custos de transação reduzidos, de centavos, podendo chegar a zero em alguns casos, manutenção e verificação de rede constante, ou seja, nunca teve uma interrupção, nem hard fork, desde sua criação. É, portanto, fundamental para qualquer tipo de transação de dados, monetários ou não, e tem aplicabilidade em diversos serviços, desde base de dados para o portal da transparência de entes públicos, passando por emissão de tokens não fungíveis (NFTs) para esporte, arte, cultura e conhecimento, até dados de empresas, uma vez que é possível a própria empresa selecionar seus validadores”.
A empresa – com mais de dois milhões de usuários e composta pelas globais Tezos Foundation, baseada na Suíça, Nomadic Labs, na França, e Trilitech, Inglaterra – é a patrocinadora master cripto do clube inglês Manchester United , equipes de Fórmula 1, Mclaren, e-sports, e é a blockchain escolhida pela Ubisoft, terceira maior publicadora de games independente do mundo e da Engie, antiga EDF Suez, uma das maiores empresas de energia do globo.
O professor lembra que essas companhias globais que compõem a Tezos garantem mais segurança para todos os usuários.
Por que o Rio de Janeiro?
Os fundadores da TZ Brasil são cariocas e esse é um dos motivos pelos quais desejam fazer diferença no futuro do Rio de Janeiro e do país. Guilherme conta que trabalhava em uma startup quando conheceu um francês apaixonado pelo Brasil, que queria fazer negócios na área de óleo e gás em 2015, mas à época não conseguiu com a situação econômica local ruim. Após seis anos, em 2021, se reencontraram.
“A Tezos me escolheu. Esse francês, é o Hadrien Zerah. Hoje diretor na Nomadic Labs, na França que procurou um investidor em comum e nos convidou para a Tezos ter mais presença na América do Sul e nós escolhemos o Rio de Janeiro, por vários motivos.”
Entre eles, o de ter nascido, crescido e estudado na cidade onde tem raízes, fortes laços familiares e comunitário e a agenda positiva da prefeitura voltada para inovação e todo ecossistema web3.
“A criptomoeda XTZ está batalhando para ser uma criptomoeda reconhecida no mercado? Sim, mas o principal não é isso. O ICO dela serviu para criar a terceira geração da blockchain e smart contract open source com taxas viáveis, uma vez que se você quiser transacionar dados na blockchain do Bitcoin que é a primeira geração é impraticável, na Ethereum então, segunda geração, caríssimo”, explica Guilherme .
“A Tezos quer ser a blockchain mais reconhecida do mercado. Esse é o grande lance! trazer usuários para a blockchain smart contract da Tezos. Esse é meu objetivo como CEO da Tezos.”
Esportes, Arte, Inovação & Blockchain
Baumworcel diz que, além do foco em e-esportes, games e inovação, a sustentabilidade, arte e cultura também estão entre os pilares da comunidade Tezos. Ele adiantou que, em breve, a gigante anunciará uma nova parceria cripto com um dos maiores clubes de futebol do Brasil.
O projeto deve ser voltado para criptonizar o clube, realocando dados dos sócios-torcedores em uma blockchain. “A blockchain não tem esse problema. Está tudo lá registrado, auditado, imutável e pode ser visto por todos”. Se você não entende de Web3, você está usando, essa é a nossa missão, completa o CEO da TZ Brasil.
“A gente entendeu que o Rio precisa de capital para arte. O Museu Nacional pegou fogo em 2018. No Brasil, cinco museus pegaram fogo nos últimos anos. Temos o Museu Internacional de Arte Naïf (MIAN) que existe a desde a época de colônia e fechou as portas em 2016 por falta de incentivo e patrocínio, o Cais do Valongo – um marco.”
O Cais do Valongo foi descoberto durante a obra do Porto Maravilha e construído para a chegada de escravos. Um dos projetos da TZ Brasil é criar NFTs desses locais e reverter 100% da renda para manutenção deles.
“Estamos de olho em várias obras de arte viva pela cidade como a Escadaria Selarón, a revitalização da Urca que precisam ser conservadas. Imagina você em qualquer lugar do mundo, poder comprar um pedacinho do Rio?”
“Vamos fazer a Tezos Art Gallery no Porto Maravalley. Toda arte que estiver exposta será também um NFT, não serão obras só de artistas renomados, queremos dar oportunidade para todos, como as artes do Museu Naif que está precisando, história brasileira, barroco… então toda obra que estiver naquele local será phygital. Quem comprar um pedacinho da arte via NFT, vai poder falar essa arte é minha!”.
“Eu quero fazer o Rio brilhar, iluminar novamente. Eu sempre falo isso para mim. Iluminar novamente é a minha forma de contribuir, e com a Tezos pude escolher. Minha forma de agradecer tudo que a cidade me deu. Eu acredito no Rio e quero gerar renda para cidade e mudar a vida do carioca comum, concluí o CEO.”
Tezos alinhada com agenda cripto da prefeitura carioca
Desde o início do ano, a Prefeitura do Rio de Janeiro vem fazendo movimentos para incorporar o ecossistema cripto na economia carioca, inclusive para o pagamento de impostos municipais como IPTU e ISS a partir de 2023, além de projetos envolvendo NFTs e até uma possível criptomoeda própria.
Em parceria com a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro a ideia é que, “a partir de agora, a rede blockchain Tezos seja mais acessível ao ecossistema de inovação brasileiro.” Entre os objetivos da companhia descentralizada, estão as aplicações para o desenvolvimento tecnológico, econômico, social e ambiental para cidade e ao mesmo tempo fomentar a adoção de toda cadeia web3 para que cada vez mais usuários tenham acesso a blockchain e a criptomoeda XTZ.
“Estamos trazendo o Rio de Janeiro de volta para o cenário dos novos negócios e da inovação. E a região portuária tem tudo para ser a casa das empresas que trabalham com tecnologia. Queremos tornar o Rio a capital da inovação. E agora, estamos recebendo a Tezos. Tenho certeza de que o Rio vai abraçar como ninguém esta grande empresa, que vai gerar emprego, renda e muitos novos negócios”, disse o prefeito Eduardo Paes.
A parceria com a Tezos está alinhada com a iniciativa do projeto Porto Maravilha, ou ‘Porto Maravalley’, lançado recentemente pela Invest.Rio, agência de investimentos da Prefeitura. E prevê a recuperação da região portuária da cidade para torná-la um ambiente de educação e desenvolvimento de negócios inovadores, transformando o local no ‘Vale do Silício’ carioca.
“A chegada da Tezos na cidade é mais um marco para mostrar que somos uma cidade criptofriendly. Estamos abertos para a inovação como um todo, atuando em várias frentes que vão desde a atração de empresas relevantes para o ecossistema, como a Tezos, até projetos estruturantes como o Maravalley e o Web Summit”, afirmou o presidente da Invest.Rio, Rodrigo Stallone.
Para Chicão Bulhões, que foi secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e do Rio de Janeiro, é pré-candidato a deputado federal pelo PSD e um dos grandes incentivadores do ecossistema cripto,
“A chegada da Tezos vem para coroar todo um trabalho que vem sendo feito de atração de investimentos para a cidade do Rio em torno de novas tecnologias, como por exemplo, a blockchain que tem tantas aplicações como para o mercado cultural, com o NFTs, tokens, todo ecossistema web3.”
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