Série Exchanges Brasileiras – CoinBene

Chegamos ao terceiro episódio da segunda parte da Série Exchanges Brasileiras, e o texto de hoje traz a CoinBene, exchange criada na China em 2017 que iniciou as suas operações no Brasil ainda este ano. Nesta entrevista, o CEO da operação da exchange no Brasil Feng Bo fala com exclusividade sobre a plataforma. Confira!

Criptomoedas Fácil: Olá, como surgiu a ideia de montar uma corretora de criptomoedas?

Feng Bo: A CoinBene foi fundada em agosto de 2017 por quatro executivos chineses que deixaram seus cargos em importantes empresas do setor de criptomoedas para seguir o sonho de criar uma exchange de criptoativos. São eles: Sunny Gong, Song Pan, Charlotte Zhang e Yangbin Zhang, sendo o último o CEO da empresa globalmente. A plataforma foi ao ar na Ásia em novembro no ano de fundação. A operação brasileira da CoinBene iniciou em 2018 e a versão nacional da plataforma de negociações de ativos digitais foi ao ar em abril. No país, atuo como CEO e também vice-presidente da operação global da companhia.

CF: Quem são os fundadores? Qual o histórico profissional deles?

FB: Sunny Gong, Song Pan, Charlotte Zhang e Yangbin Zhang são os fundadores da CoinBene com experiências anteriores em grandes empresas do setor de tecnologia e também em outras relevantes empresas globais.

CF: Quantos funcionários a exchange possuía quando surgiu? Quantos funcionários possui agora?

FB: Como todas as operações de fintechs, a CoinBene começou pequena com um pouco mais de 25 funcionários. Hoje, com escritórios em oito países, a empresa conta com mais de 120 colaboradores e continua crescendo.

CF: Atualmente, quais criptomoedas são negociadas na plataforma?

FB: Hoje, a CoinBene conta com mais de 160 ativos digitais em sua plataforma, como Bitcoin, Ethereum, XRP (token da Ripple), EOs, Stellar, Litecoin, Bitcoin Cash etc. Para a realização de negociação são mais de 200 pares disponíveis para os usuários. Além disso, temos 9 pares de negociação com reais (BRL), o que facilita a operação para muitos.

CF: Existem planos para a inclusão de novas criptomoedas/tokens?

FB: A CoinBene, como uma das maiores exchanges do mundo, figurando entre as top 20 segundo a ferramenta Coinmarketcap, está sempre aumentando seu portfólio de ativos digitais para atender à demanda de seus milhões de usuários pelo mundo. Dentro desse cenário, a exchange adiciona novos tokens e criptomoedas à plataforma toda semana.

CF: A empresa oferece outros produtos além da negociação de criptomoedas? Quais?

FB: O foco de atuação da CoinBene é a plataforma de negociação de criptomoedas. Ainda somos uma empresa muito jovem para focar em outros produtos. Porém, complementamos nossa atuação fomentando o desenvolvimento do mercado como um todo.

CF: Em um mercado como o de exchanges, onde a cada semana surge uma nova empresa com uma “proposta diferenciada”, quais os pontos que diferenciam a Coinbene das demais exchanges?

FB: Em um mercado tão competitivo quanto o de criptoativos, é essencial trazer uma proposta diferente para o setor. A CoinBene entende isso e vai além. O universo da economia digital é mais profundo do que apenas a negociação das moedas e tokens, ele transpõe a utilidade e aplicabilidade de cada um dos projetos – o que está de fato por trás dos gráficos. Com isso em mente, a CoinBene entende que os ativos que a procuram para listagem são também parceiros em potencial, para aumentar a visibilidade de seus projetos e trazer para o mundo físico as ações propostas no mundo virtual. Dessa maneira, a empresa atua lado a lado na articulação e promoção dos ativos listados, ativando as comunidades de interesse dessas iniciativas.

CF: Cerca de quantos clientes a corretora possui?

FB: A CoinBene possui, hoje, mais de 1,5 milhões de usuários ativos no mundo.

CF: Qual o perfil médio dos clientes cadastrados na exchange? Idade, sexo, ticket médio.

FB: Não fornecemos informações sobre o perfil de nossos usuários.

CF: Qual a expectativa de faturamento da empresa para 2018?

FB: Por regras de compliance, a CoinBene não divulga informações financeiras de suas operações.

CF: Em sua opinião, quais são os principais riscos e desafios para as exchanges de criptomoedas no mercado brasileiro?

FB: O brasileiro ainda tem pouco conhecimento do mercado financeiro e teme o mundo das criptomoedas, diferentemente do que acontece em outros países, como a China, o Japão, os Estados Unidos e muitos outros. Esse pode ser visto como um dos principais desafios do setor no país. Além disso, temos no mercado nacional um foco muito grande em apenas um dos ativos – o Bitcoin. Ainda que ele seja a primeira, maior e mais famosa de todas, ela não é a única e há um mundo inteiro além dele para ser desbravado pela comunidade brasileira.

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Fonte: Criptomoedas Fácil

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