SEC faz objeção aos planos da Binance.US para adquirir a Voyager Digital
A SEC exigiu mais informações sobre o acordo de US$ 1,022 bilhão entre o braço americano da Binance e a Voyager Digital antes de aprovar a aquisição.
A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) apresentou uma “objeção limitada” à proposta de US$ 1 bilhão da exchange de criptomoedas Binance.US para comprar a Voyager Digital, alegando falta de “informações indispensáveis.”
A objeção limitada foi apresentada em 4 de janeiro. Nela, a SEC aponta que faltam detalhes sobre a capacidade da Binance.US de financiar a aquisição, como seriam as operações da Binance.US após o acordo e como os ativos dos clientes serão garantidos durante e após a transação.
Uma objeção limitada é semelhante a uma objeção normal, mas só se aplica a uma parte específica do processo.
Além disso, o regulador também quer que a Voyager forneça mais detalhes sobre o que aconteceria caso a transação não fosse consumada até 18 de abril.
Em seu registro, a SEC disse que já comunicou suas preocupações à Voyager e que o credor pretende apresentar uma declaração formal revisada antes da realização de uma audiência sobre o assunto.
Alguns comentaristas sugeriram que a objeção da SEC põe em dúvida a capacidade de a Binance.US arcar com a aquisição sem “alguns acordos inconvenientes”, como receber fundos da Binance global.
SEC basically objecting on the grounds that Binance US couldn’t have this size of assets without some untoward dealing (likely with parentco)
Which would mean a commingling of the US entity. So if Binance fights it they risk US exposure… https://t.co/9wW6eRTol7
— Adam Cochran (adamscochran.eth) (@adamscochran) January 4, 2023
A SEC basicamente se opõe, alegando que a Binance US não poderia ter essa quantidade de ativos sem alguns acordos indconvenientes (provavelmente com a controladora)
O que significaria uma fusão da exchange global com a sua entidade nos EUA. Portanto, se a Binance lutar contra isso, eles arriscam sua posição nos EUA…
— Adam Cochran (adamscochran.eth) (@adamscochran)
Embora o CEO da Binance, Changpeng Zhao (CZ), tenha declarado publicamente que a Binance.US era uma “entidade totalmente independente”, uma reportagem da Reuters de 17 de outubro alegou que a entidade dos EUA age mais como uma “subsidiária de fato” criada para “isolar a Binance dos reguladores dos EUA.”
Em resposta, CZ argumentou em uma postagem no blog da exchange em 17 de outubro que a Binance estava comprometida em atuar em conformidade com os reguladores, que o autor do artigo estava relatando de maneira tendenciosa e havia usado como fonte uma apresentação fornecida por um consultor externo que nunca chegou a ser implementada.
A Voyager anunciou em 19 de dezembro que aceitara uma oferta da Binance.US para adquirir seus ativos, em um negócio estimado em US$ 1,022 bilhão.
O credor observou em um comunicado à imprensa que a proposta da Binance era a “maior e melhor oferta por seus ativos”, o que maximizaria os valores a serem devolvidos aos clientes e credores “em um prazo acelerado”.
Anteriormente, a Voyager anunciara em 27 de setembro que a FTX.US havia vencido o leilão por seus ativos com uma oferta de US$ 1,4 bilhão, a qual permitiria que os clientes recuperassem 72% de seus depósitos congelados. No entanto, o negócio que não foi fechado diante do subsequente colapso da FTX.
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