Inverno cripto tem data para acabar, diz CEO da Coinbase

Para Brian Armstrong, atual CEO da Coinbase, o ciclo de baixa do mercado não deve se estender até 2024.

Em entrevista à CNBC, o líder da maior exchange dos Estados Unidos aproveitou para projetar até quando o inverno cripto atual irá se estender. Segundo Armstrong, as criptomoedas não devem atingir novas máximas pelos próximos 12 a 18 meses. Apesar disso, ele reiterou que sua empresa está preparada para um período de recessão ainda maior.

“Todos esperamos que seja, você sabe, de 12 a 18 meses e uma boa recuperação, mas obviamente você precisa planejar que seja mais do que isso. E é assim que pensamos sobre isso. E não tentamos ser muito fofos ao prever o futuro.”

O CEO ainda observou que a Coinbase já passou por ciclos de baixa antes, conseguindo mesmo assim se manter como a maior plataforma de negociações de ativos cripto dos EUA.

“Já passamos por quatro ciclos como esse como empresa. Temos apenas dez anos… Se não nos distrairmos e continuarmos construindo ótimos produtos, nos sairemos bem nos próximos cinco ou dez anos”.

Coinbase perde protagonismo

A Coinbase entrou para a história do mundo cripto ao ser a primeira exchange de grande porte a abrir capital na bolsa de valores no ano passado. No entanto, a companhia tem sido fortemente atingida pelo declínio atual do mercado.

Após registrar perdas no primeiro trimestre do ano, a Coinbase viu o preço de suas ações desabarem. Os resultados do segundo trimestre foram ainda piores, com um prejuízo líquido de US$ 1,1 bilhão, fazendo com que a empresa cortasse parte de seus funcionários.

Além disso, a exchange está lidando com uma investigação feita pela SEC sobre alguns tokens listados em sua plataforma, tendo sua imagem também prejudicada após um ex-diretor ser preso por acusações de insider trading.

Mas engana-se quem pensa que Armstrong e sua equipe pretendem esperar até 2024 para ver a empresa voltar a crescer. O empresário destacou durante a entrevista que a Coinbase pretende mudar sua arrecadação de receitas, que atualmente vem majoritariamente de taxas de negociações de seus usuários.

Segundo o CEO, a meta é que “mais de 50% de nossa receita seja de assinaturas e serviços”, e não de taxas de negociações, visto que a competição entre as exchanges deve reduzir ainda mais essas taxas. Vale ressaltar que a empresa já tem dado passos nesse sentido, firmando parceria com a BlackRock, oferecendo para os clientes de uma das maiores gestoras de investimentos exposição ao Bitcoin (BTC).

O CEO ainda ressalta que a Coinbase está atenta a oportunidades do mercado, visto que muitas empresas e protocolos cripto estão passando por dificuldades. Nesse sentido, a FTX, que tem ameaçado cada vez mais o domínio da exchange nos EUA, tem se saído muito bem ao fazer aquisições de outras companhias e expandir suas operações.

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Expectativas para 2024

Armstrong se junta a uma lista cada vez maior de grandes players do mercado que acreditam que as criptomoedas atingirão novos marcos em 2024. Além do empresário, os CEOs da Huobi e Morgan Creedk também acreditam no início de um novo ciclo de alta neste ano.

O principal motivo para isso seria o próximo halving do BTC, programado para maio de 2024. Um evento dessa magnitude voltaria a animar os investidores, além do choque na oferta que a redução da emissão de novos BTC traria para o preço do ativo.

Por fim, Elon Musk também estipulou um prazo de recessão econômica parecido com o previsto pelo CEO da Coinbase, afirmando recentemente que esse período de recessão não deve ser tão preocupante.

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