Brasil é um dos países responsáveis por metade do tráfego global de exchanges de criptomoedas e ocupa 9º lugar no ranking geral

Binance é a exchange mais utilizada do mundo com mais do que o dobro de usuários da Coinbase, a segunda colocada; Brasil é o 5º maior mercado da empresa comanda por Changpeng Zhao.

Um levantamento da firma de análise de dados de mercado Arcane Research revelou que o Brasil respondeu por 1,99% do tráfego total das 35 maiores exchanges de criptomoedas globais nos últimos 90 dias. O percentual coloca o país na 9ª posição do ranking liderado com folga pelos investidores norte-americanos, que responderam por 14,33% do tráfego no período.

A Coreia do Sul ocupa a segunda colocação, enquanto a Rússia, tendo em vista o embargo ao qual foi submetida pelas potências ocidentais após a invasão à Ucrânia, está em terceiro lugar. O país do leste europeu, por sua vez, está em oitavo, uma posição à frente do Brasil, embora tenha uma população mais de três vezes menor.

As criptomoedas tornaram-se um importante instrumento de emancipação financeira em um país devastado pela guerra, além de terem se tornado um instrumento de financiamento e apoio à defesa ucraniana.

Os vinte países que figuram no ranking organizado pela Arcane Research responderam por 52,4% do tráfego global das principais exchanges de criptomoedas do mundo no período.

O Brasil e a Binance

Os números mostram que, apesar do atual inverno cripto, a adoção de criptomoedas mantém-se estável no país, com uma leve tendência de alta no período compreendido pela pesquisa. A título de comparação, embora a metodologia utilizada não seja exatamente a mesma, no Relatório da Geografia das Criptomoedas de 2021 da Chainalysis publicado em outubro do ano passado o Brasil ocupava a 14ª posição no ranking global.

Outra amostra de que o país tem se tornado cada vez mais um player global deste mercado emergente é que usuários brasileiros responderam por 4% do tráfego global da Binance, de longe a exchange dominante do mercado.

Investidores brasileiros foram responsáveis por 12 milhões de um total de 300 milhões de acessos à plataforma de negociação da Binance nos últimos 90 dias. As líderes do ranking de acesso à Binance são Rússia e Turquia, que registraram 19 milhões de acesso no período. Argentina e Filipinas também estão à frente do Brasil, com 13 milhões de acessos.

O levantamento da Arcane Research revela que a Binance tem maior penetração em países periféricos e que não têm o inglês como língua nativa.

Segunda colocada, com menos da metade do tráfego da exchange líder do mercado global (121 milhões de acessos), a Coinbase concentrou a maior parte de seus usuários nos EUA e na Europa Ocidental no mesmo período.

O levantamento da Arcane Research destaca as 20 exchanges mais acessadas por usuários globais. Nenhuma empresa de origem brasileira figura na lista, embora algumas exchanges regionais figurem no ranking, como a Indodax (15ª), da Indonésia, e as sul-coreanas Upbit (11ª) e Bithumb (20ª).

Importante ressaltar que o levantamento da Arcane Research diz respeito exclusivamente ao monitoramento do tráfego nas exchanges e não apresenta números relativos ao volume negociado.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, o mercado brasileiro de exchanges está aquecido, depois que, neste mês, a XP Investimentos e o BTG Pactual inauguraram suas próprias plataformas de negociação de criptomoedas.

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