Hackers criam esquema que pode render mais de R$ 1 milhão por golpe em 2020

A firma de segurança Crypsis Group acredita que uma preocupante tendência domina o mundo dos hackers de ransomware. Em levantamento recente, a empresa mostra que houve crescimento de 200% no valor cobrado de vítimas a cada ataque.

Em 2019, o valor médio solicitado de resgate após o sequestro de um computador foi de pouco mais de US$ 115 mil. O valor é equivalente, no câmbio de hoje, a mais de R$ 564 mil por golpe.

O resgate é normalmente cobrado em Bitcoin, que garante mais privacidade ao criminoso na comparação com moedas fiduciárias. No entanto, muitos já vêm adotando a Monero para obter ainda mais anonimato na rede.

Se a tendência continuar, os especialistas acreditam que 2020 poderá fechar com um dado alarmante. Dessa maneira, nesse ritmo, hackers já poderão cobrar R$ 1,1 milhões de cada vítima afetada por vírus do tipo ransomware até o final do ano.

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Hackers mudam de estratégia

O incremento no valor tem a ver com uma mudança de estratégia. Para os analistas de segurança, os hackers têm desviado o foco de usuários finais para empresas. Dessa maneira, um único ataque bem-sucedido pode render resgate bem mais robustos.

Os valores da demanda monetária de ransomware estão subindo; os atores de ameaças evoluíram, empregam táticas mais sofisticadas e acrescentam exfiltração e extorsão de dados no meio. Desde 2018, os hackers evoluíram de implantação de campanhas de phishing distribuídas em massa com menores exigências de resgate para ataques altamente direcionados e bem pesquisados ​​a grandes empresas com maior capacidade de pagamento – Crypsis Group.

O setor de saúde foi o mais atingido por ataques de ransomware em 2019. No ano passado, 22% de todas as ameaças foram direcionadas a hospitais e outras empresas do ramo. Em 2020, a tendência deve continuar, mesmo em meio à pandemia de Covid-19.

Diversos ataques direcionados a hospitais foram registrados neste ano. Uma campanha organizada chegou, inclusive, a ser direcionada a supercomputadores dedicados a processar dados sobre o coronavírus.

Houve, ainda, aumento no volume de incidentes que envolvem exclusão ou desativação de backups. Além disso, hackers têm recorrido a mais ameaças de expor informações confidenciais.

Não pague pelo resgate

Um dos motivos pelos quais hackers deixaram de visar consumidores finais é a crescente conscientização. Com a popularização do termo ransomware, mais pessoas tendem a estar cientes dos passos a tomar quando deparados com um sequestro de computador.

Especialistas aconselham a manter backups atualizados e proteger informação sensível com criptografia. Caso haja um ataque, a dica é não se render a ameaças e evitar pagar o resgate.

Isso porque, por vezes, o ataque é falso. Além disso, em alguns casos é possível obter a chave que desbloqueia os arquivos na internet. Ou seja, nem sequer é preciso recorrer a backups para eliminar o problema.

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