Ex-Foxbit e CMO do Mercado Bitcoin se unem para tokenizar ‘irmã’ da maconha em nova DAO no Brasil

A empresa pretende unir o mercado do cânhamo com a tecnologia blockchain e as criptomoedas. Por meio do token KNN, a Kanna quer promover impacto ambiental e conscientização sobre a planta

De olho em um mercado que deve chegar a US$ 105 bilhões até 2026, de acordo com estudo de 2021 da Prohibition Partners, Natália Garcia, ex-diretora de riscos da FoxBit e Robson Harada, CMO do Mercado Bitcoin se uniram a Luis Quintanilha, ex-CMO da Gama Academy, e Mario Lenhart, ex-executivo financeiro de grandes empresas como PWC, Fiat e grupo Votorantim, no desenvolvimento da Kanna.

A empresa pretende unir o mercado do cânhamo com a tecnologia blockchain e as criptomoedas. Por meio do token KNN, a Kanna quer promover impacto ambiental e conscientização sobre a planta, que é a mais eficaz do planeta na retirada de CO2 da atmosfera e ajuda a revitalizar solos degradados.

O cânhamo é ‘irmã’ da maconha e ambos são da espécie Cannabis sativa, mas cada uma das plantas tem grandes diferenças. Enquanto a maconha tem uma alta concentração de THC o cânhamo tem pouco mais de 0,3% apenas de THC sendo rico em canabinoides. Além disso o cânhamo possuí fibras muito usadas na industria textil.

Com a característica de DAO (organização autônoma descentralizada), a Kanna deseja permitir que todos que comprarem o token, além de serem detentores de uma fração do solo, tenham o poder de votar em decisões de governança referentes à Kanna, como a escolha da região de atuação, por exemplo.

A empresa ainda quer reinvestir 15% do lucro em benfeitorias para a comunidade onde será feito o plantio.

“Nosso objetivo enquanto a primeira DAO com o ESG no centro operação, aliando o impacto ambiental (E) e socioeconômico (S) do cânhamo, com a transparência e Governança da Blockchain (G), é ser também uma alternativa para pessoas que querem atuar para a mudança climática”, explica Quintanilha.

O executivo aponta que além da exploração do potencial comercial da cannabis, a Kanna une o mercado de criptomoedas, atualmente estimado em US$ 1 trilhão, de acordo com dados do CoinMarketCap, e o de ESG, que movimenta cerca de US$ 30 trilhões atualmente, segundo levantamento da Bloomberg Professional Services.

Cânhamo

O time da Kanna ainda conta com Gastón Lepera, consultor internacional em assuntos regulatórios, produção e industrialização do Cannabis/hemp na América Latina e pioneiro na regulamentação da Cannabis no Uruguai, Roberto Cury e Guilherme Junqueira, CMO e CEO da Gama Academy, respectivamente; Jean Marc ESG & Legal Advisor da Kanna e Head de Regulação e Novas Tecnologias do Lima ≡ Feigelson Advogados e Maria Cecília Bere, fundadora e CEO de um dos principais hubs de comunicação para startups, a Fala HUB.

“Nossa expectativa é que até o fim de 2026 a Kanna tenha regenerado cerca de 150 Hectares de solo e removido milhares de toneladas de CO2 da atmosfera, atuando em regiões vulneráveis com solo degradado e baixo idh, além de ter gerado centenas de emprego e investimentos para essa região”, completa Quintanilha.

Uma pesquisa encomendada pelo Observatório do Clima e Greenpeace Brasil apontou que 95% dos brasileiros se preocupam com as mudanças do clima e estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis.

O Cânhamo é protagonista no processo de fitorremediação, por ser capaz de remover metais pesados do solo, com uso testado e bem-sucedido em regiões afetadas pela explosão de Chernobyl, local do maior desastre nuclear da história; e em remover CO2 da atmosfera, por absorver mais CO2 por hectare do que qualquer outra cultura conhecida, com suas fibras podendo ser usadas na produção de papel, descartando a necessidade de corte de árvores.

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Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.

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