China quer bloquear acesso a exchanges de criptomoedas de fora do país

Autoridades chinesas buscam bloquear o acesso de 124 exchanges de criptomoedas estrangeiras que vêm sendo acessadas no país. A China segue com sua política fortemente restritiva com criptoativos, entre as quais a proibição de sua comercialização com outros países.

As investigações estão sendo feitas pelo Departamento Nacional de Ratificação de Risco da China, que identificou as plataformas de câmbio da moedas digitais que ainda têm acesso a clientes no país, apesar de possuírem IPs estrangeiros, segundo reportagem publicada na nesta quinta-feira (23) pelo Shanghai Securities Times.

O jornal também afirmou que o Departamento busca agora bloquear o acesso online a essas empresas, além de monitorar o uso comercial das criptomoedas adquiridas por meio delas.

O Departamento Nacional de Ratificação de Risco da China foi autorizado a funcionar em 2016 pelo Conselho de Estado chinês. O objetivo declarado de suas atividades é criar proteções contra o risco financeiro relacionado a transações peer-to-peer e comércio de criptoativos, segundo o Coindesk.

Segundo o Shanghai Securities Times, o órgão estatal irá desativar permanentemente páginas pessoais ou corporativas da rede social chinesa WeChat caso sejam descobertos comercializando criptomoedas e participando de projetos de Ofertas Iniciais de Moeda (ICOs).

A agência governamental também está avaliando estratégias de monitoramento com serviços de venda online terceirizados para identificar e bloquear contas suspeitas de comercializar criptoativos.

Desde novembro de 2017, o banco central chinês mantém ICOs proibidas, além de inviabilizar diversas categorias de comércio com criptoativos, especialmente envolvendo países estrangeiros. Desde então, diversas exchanges mudaram suas sedes para outros países.

Com essas políticas, até mesmo exchanges gigantes acessadas no mundo todo estão excluídas do mercado chinês e inacessíveis pela internet local, como a Binance, OKEx  e Bitfinex.

As autoridades chinesas também combatem a mineração de criptomoedas no país. Com uma das eletricidades mais baratas do mundo, a China se tornou relativamente vantajosa para mineradores, chegando a ter quase metade do poder de mineração global. Hoje, a participação do volume mundial minerado pela China não chega a 1%.


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