Artistas brasileiros de NFTs podem participar de concurso da Gerdau que vai dar mais de R$ 88 mil para artistas

Gerdau vai premiar artistas nacionais por meio de um edital de incentivo que une arte analógica e digital em uma proposta totalmente nova

Artistas brasileiros podem participar de um edital da Gerdau que vai premiar os profissionais com até R$ 88 mil em incentivo para a produção de trabalhos que façam diáologo com o acervo mineralógico, considerado um dos mais ricos do Brasil.

Segundo a empresa, esta versão do Edital irá escolher os vencedores a partir de suas trajetórias e conexões com as temáticas do programa. Serão selecionados ao todo 10 participantes, além de 6 suplentes, nas seguintes categorias: nativo digital, site-especific e escrita.

Desta forma, na categoria nativo digital, produtores nacionais de conteudo digital que envolvem a tecnologia blockchain, como NFTs entre outros, podem participar do processo de seleção.

“As novas tecnologias impactaram todos os setores, incluindo o fazer artístico. E esse fenômeno possibilitou o surgimento de uma categoria denominada Nativo Digital, abrigando trabalhos concebidos especialmente a partir de uso de recursos tecnológicos como computadores, tablets, câmeras, videogames, aparelhos de celulares e uma série de outros dispositivos capazes de auxiliar tanto na criação quanto na operação de mecanismos artísticos”, destaca a empresa.

Já a categoria site-specific compreende as obras criadas especialmente para o local onde ficarão expostas, ou seja, para o espaço expositivo do museu. A categoria escrita é  outra ação inédita no edital e abre espaço para a participação de um selecionado, que ficará responsável por documentar os processos e as pesquisas inerentes ao programa.

O edital  chamado coMciência 2021-2022 – Jardim Mineral: residência criativa e exposição autoral receberá inscrições até 21 de julho de 2021.

Os selecionados deverão participar de uma residência artística entre os meses de setembro, outubro e novembro e os trabalhos poderão ser conferidos pelo público durante uma exposição entre os meses de dezembro de 2021 e março de 2022

Os resultados serão divulgados no dia 27 de agosto. A exposição dos trabalhos selecionados será realizada entre os meses de dezembro de 2021 e março de 2022. O edital e todas as informações e formulários para inscrição estão disponíveis no site.

Gerdau

Para incentivar a participação de pessoas com deficiência, haverá o suporte de vídeos com tradução em libras e transcrição em áudio. Caso entre os selecionados, existam pessoas com deficiência auditiva e/ou visual, elas contarão com o suporte de tradutores e audiodescritores durante todo o processo.

Os selecionados receberão bolsas de incentivo, divididas em: bolsa residência e bolsa criação. A bolsa residência é destinada aos custos referentes à participação na residência artística. Já a bolsa criação se destina aos custos referentes à criação e execução da obra.

O valor total distribuído para os selecionados será de: R$ 88.500,00 (oitenta e oito mil e quinhentos reais), sendo:

  • 06 (seis) bolsas para obras nativo digital
    Bolsa residência: R$ 5.100,00 (cinco mil e cem reais) por participante

Bolsa criação: R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por execução

  • 03 (três) bolsas para obras site-specific.

Bolsa residência: R$ 5.100,00 (cinco mil e cem reais) por participante

Bolsa criação: R$ 9.000,00 (nove mil reais) por execução

  • 01 (uma) bolsa para o desenvolvimento de escrita.

Bolsa residência: R$ 3.300,00 (três mil e trezentos reais)

Residência artística e exposição autoral

Os selecionados no edital irão participar de uma residência artística para acesso e conhecimento de todo o acervo do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, além de encontros com mentores para auxiliar no processo de criação dos trabalhos.

A residência se dará no formato virtual e híbrido, sendo os encontros virtuais destinados às transmissões para conhecimento do acervo.

Durante o período de três meses serão promovidas aulas expositivas, bate-papos, orientações, diálogos e conversações com o intuito de auxiliar no desenvolvimento do processo criativo.

Simultaneamente, artistas, cientistas, pesquisadores e criativos produzirão trabalhos para uma exposição autoral, que deverá ser apresentada em ambiente virtual e também físico, nas dependências do museu.

Ao se inscrever, o participante deverá optar se pretende criar um trabalho para o espaço virtual ou para o espaço físico, que receberá visitas presenciais do público.

Para a terceira edição do edital coMciência, a equipe do MM Gerdau convidou para a curadoria artística e os diálogos de criação artistas, cientistas e pesquisadores em arte, ciência e tecnologia, residentes no Brasil, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, assim como nomes residentes em países como Canadá e Japão, garantindo diálogos locais e globais.

Com larga experiência em suas áreas de atuação, os convidados acompanharão todo o processo de criação dos participantes.

Curadoria artística e interlocuções entre Arte, Ciência e Tecnologia

Bárbara Castro é artista, pesquisadora, programadora atuando nos campos de visualização de dados, exposições e experiências interativas e professora na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Gabriel Menotti é pesquisador e curador independente, atuando em diversas formas de cinema. Atualmente, trabalha como professor assistente em curadoria e imagem em movimento na Queen’s University, em Ontário – Canadá.

Diálogos em Arte

Isabela Prado é artista visual, pesquisadora em artes e professora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Vive e trabalha em Belo Horizonte. Em 2011, foi contemplada com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea, com o projeto “Entre Rios e Ruas”, que gerou recentemente a publicação do livro “Lição: se essa rua fosse um rio” (2016).

Diálogos em Ciência  

Lúcia Maria Fantnel é Geóloga, mestre e doutora em Geociências e 6 professora aposentada do Departamento de Geologia do Instituto de Geociências da UFMG. Atua no ensino e fi losofi a da geologia; geologia aplicada ao ambiente e à saúde humana e geologia urbana.

Diálogos em Tecnologia

Claus Aranha é cientista da computação e professor na Universidade de Tsukuba, Japão. Sua pesquisa é focada em Vida Artificial, Evolução Computacional e Inteligência Artificial para jogos como Lobisomem e Minecraft.

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