Bitso implanta ferramenta de segregação patrimonial de Bitcoin e Ethereum
‘Prova que Importa’ tem como objetivo comprovar a prova de reserva da exchange por meio da separação dos criptoativos dos usuários.
A Bitso, exchange de criptomoedas que atua no Brasil e na América Latina, implantou recentemente o projeto “Prova que Importa”, tecnologia de conhecimento zero (ZK), voltada à prova de solvência sólida da empresa de serviços financeiros baseada em cripto.
Segundo a Bitso, o “Prova que Importa”, desenvolvido em parceria com a Proven, desenvolvedora focada no suporte a empresas de capital de risco, demonstra sua solvência com tecnologia cripto em todos os ativos de Bitcoin (BTC) e Ether (ETH) custodiados na sua plataforma, que atualmente disponibiliza cerca de 40 criptomoedas para mais de e 6 milhões de usuários e 1500 clientes institucionais.
A empresa acrescentou que, “devido à complexidade de construir este tipo de prova, a Bitso decidiu executar a primeira iteração mostrando os resultados de Bitcoin e Ether, considerando a relevância que estas moedas têm no ecossistema cripto, assim como no portfólio de seus clientes. Os relatórios estarão disponíveis para consulta de seus clientes a partir de hoje na sua página web.”
“Por se tratar de confiança e transparência junto aos nossos usuários, para a Bitso era fundamental fazer a Prova da forma correta ao invés de fazer da forma mais rápida. E o mais importante era integrar uma metodologia que permitiria à Bitso provar solvência de maneira recorrente com maior eficiência, cuidando da privacidade e segurança dos dados”, explicou o vice-presidente de engenharia da Bitso, Pope Davis.
Segundo o que informa a página oficial da Bitso, a estratégia da empresa é assegurar aos clientes que seus fundos estão disponíveis mesmo em casos de eventuais problemas financeiros da exchange, o que será feito por meio da divulgação de prova de reserva.
Nesse caso, a exchange fornecerá duas provas, de reservas e de responsabilidades, que representam o total de criptomoedas dos clientes e a prova de que elas forma contabilizadas devidamente. Em seguida, a Bitso informa que a organização deve demonstrar que seu total de ativos é maior ou igual ao total de passivos, ou responsabilidade.
A nova ferramenta possui relação com a segregação patrimonial entre as criptomoedas das exchanges e as criptomoedas dos clientes, ideia amplamente defendida pelas exchanges nacionais durante a tramitação do Projeto de Lei que resultou no marco regulatório cripto no Brasil, proposta que não foi definida no texto final do projeto aprovado, mas que pode ser implantada pelo Banco Central.
Isso porque autoridade monetária foi definida como reguladora da Lei, com a reserva de atuação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor em suas respectivas áreas, segundo o que foi definido pelo Decreto 11.563/2023, assinado na última terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.