Bitcoin sobreviverá a preocupações com ESG, diz mineradora sustentável

A empresa australiana usa energia renovável em suas operações de mineração de Bitcoin. Segundo seu CEO, Daniel Roberts, a liquidez massiva que o Bitcoin viu o tem validado como caso de uso.

Ele acredita que este também é o caso para o mecanismo de prova de trabalho (PoW), que gera um uso intensivo de energia para produzir moedas e verificar transações.

Segundo Roberts,

“[O PoW] possui um papel fundamental. Eu não acredito que um único indivíduo possa decidir onde a energia deva ser usada. É uma decisão tomada pelo mercado que o Bitcoin, devido à atração e à adoção que recebeu, está comandando o nível de energia para assegurá-la e garantir as economias das pessoas.”

As preocupações recentes do Bitcoin com ESG

A quantidade massiva de energia que o Bitcoin usa se tornou motivo de preocupação para o público recentemente. Em grande parte, isto ocorreu devido ao CEO da Tesla, Elon Musk, que disse que sua empresa deixaria de usar a criptomoeda como forma de pagamento. Aparentemente, isto pode ter levado à queda recente do Bitcoin de seu recorde de US$ 65.000 para US$ 30.000 há pouco tempo.

Esta ação sozinha trouxe governança ambiental, social e corporativa (ESG) para o debate sobre a adoção de criptomoedas. Embora muitas pessoas tenham compartilhado as preocupações de Musk, outras apontaram que há vários aspectos da indústria financeira que são muito mais poluentes. O próprio Musk disse que este debate poderia ser melhor compreendido se os mineradores auditassem seus gastos com energia.

Para este fim, Musk participou em uma discussão recente dos maiores mineradores de criptomoedas da América do Norte, a convite do CEO da MicroStrategy, Michael Saylor. Durante a cúpula, os participantes decidiram formar um Conselho de Mineração do Bitcoin para defender a transparência do uso de energia e padronização dos relatórios.

Os planos de energia da Iris

Enquanto isso, a própria Iris Energy já fez vários planos para uma grane quantidade de projetos envolvendo data centers e infraestrutura. Segundo Roberts, a empresa planeja continuar a “explorar opções para empresas de aquisição para fins especiais (SPACs)” para financiar estas ambições.

Várias SPACs entraram em contato coma Iris, o que poderia torná-la uma das primeiras empresas australianas a se beneficiar delas. SPACs são empresas que vendem ações para listagem em bolsas de valores e almejam adquirir empresas privadas. Uma listagem em potencial nos Estados Unidos para a empresa de Sydney poderia arrecadar entre US$ 300 milhões a US$ 500 milhões.

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