Baby Doge Coin é a criptomoeda mais popular entre brasileiros, aponta CoinGecko

Outros criptoativos buscados nas últimas horas incluem Bitcoin, Ethereum, Polygon e Solana

O agregador de preços CoinGecko atualizou, nesta sexta-feira, sua lista de criptomoedas que estão populares nas últimas horas. Entre os cinco criptoativos mais buscados dentro do agregador por usuários brasileiros, estão Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Binance Coin (BNB). Mas a criptomoeda mais buscada pelo público brasileiro nesse período foi a Baby Doge Coin (BABYDOGE). 

O amor por memecoins, contudo, não se limita ao Brasil. Outros seis países listados pelo CoinGecko possuem um dos ativos baseados em meme em seus ‘Top 3’ de criptoativos mais populares.

Imagem: criptomoedas mais populares no Brasil/CoinGecko

Carinho global

O carinho de brasileiros por memecoins é compartilhado pelos outros seis países dos quais o CoinGeck também coleta dados. Estados Unidos, Reino Unido, Filipinas, Turquia, Indonésia e Índia também possuem algum tipo de criptoativo surgido de um meme em seus ‘Top 3’. 

Além do Brasil, a Turquia compartilha o ‘amor’ pelo Baby Doge Coin, enquanto o restante dos países tem um interesse especial no token Shiba Inu (SHIB). 

Modelo ‘to earn’ segue popular

Quatro ativos digitais entre os quinze mais buscados por brasileiros no CoinGecko são tokens de projetos que recompensam usuários pelo engajamento. Trata-se do modelo ‘to earn’. O quarto token mais procurado por dispositivos situados no Brasil é o Smooth Love Potion (SLP), do jogo Axie Infinity. O AXS também está entre os quinze ativos mais procurados no agregador.

Outro token da categoria ‘to earn’ presente na lista é o SWEAT, do jogo Sweatcoin, que recompensa usuários ao realizarem exercícios físicos. O BCoin, do jogo BombCrypto, mesmo com a queda de 99,9% em relação à sua máxima histórica, continua popular entre os brasileiros.

Tokens pouco comuns na lista

O token ICE é o criptoativo do protocolo Popsicle Finance, cuja proposta é potencializar ganhos em finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês). Embora tenha passado pelos seus dias de glória no fim de 2021, quando ultrapassou US$ 140 milhões em valor total alocado, o Popsicle não é popular atualmente. Seu valor total alocado nem sequer chega a US$ 2 milhões, apontam dados do DefiLlama.

Na última semana, porém, o ICE passou por uma forte valorização de 330%. O motivo é o retorno do desenvolvedor Daniele Sestagalli, conhecido como Dani, que afirma estar trabalhando para melhorar o Popsicle Finance. 

Dani se tornou uma figura controversa no mercado cripto após fundar o projeto Wonderland com um ex-executivo da QuadrigaCX, exchange canadense cujo fundador supostamente faleceu e os clientes ficaram sem acesso aos seus saldos. De qualquer forma, a alta no preço do ICE foi o que provavelmente chamou a atenção não só de usuários brasileiros, mas também de investidores dos Estados Unidos, Reino Unido e Indonésia.

Outro token pouco popular no mercado, mas que chamou a atenção de usuários no Brasil, é o DYZilla. O token está relacionado ao projeto de uma figura com o mesmo nome, que supostamente fornece suporte técnico para projetos de tokens não-fungíveis (NFT). O interesse pode estar relacionado com a presença do token no saldo da tesouraria da Binance.

Embora investidores acreditem que a exchange tenha adquirido esses tokens, usuários no Twitter apontam que essa é uma prática comum entre criadores de projetos. Após emitir um token, eles enviam o criptoativo para carteiras de figuras importantes e de grandes empresas. A ideia é tentar passar um falso senso de legitimidade ao criptoativo.

As ‘big caps’

Além dos tokens de projetos ‘to earn’ e criptoativos relacionados a narrativas específicas, usuários brasileiros também estão interessados nas maiores moedas digitais em valor de mercado. Bitcoin, Binance Coin e Ethereum estão entre as cinco criptomoedas mais populares no Brasil.

Cardano (ADA), Solana (SOL) e Polygon (MATIC) também estão entre os maiores interesses de brasileiros, aponta o CoinGecko. 

Dados da RF

Os dados do CoinGecko são sobre os criptoativos mais buscados no agregador. Em termos de negociações, porém, dados da Receita Federal (RF) apontam que brasileiros movimentam valores significativos em stablecoins. Com dados completos que vão até outubro de 2022, a criptomoeda mais movimentada é o Tether USD (USDT), com R$ 9,3 bilhões movidos no início do quarto trimestre.

O Bitcoin é a segunda criptomoeda mais negociada, com R$ 992,8 milhões movidos por investidores. Em terceira está a stablecoin BRZ, emitida pela Transfero, com R$ 611,3 milhões movimentados no Brasil. Na quarta colocação, está o montante em USD Coin (USDC) movido em outubro, totalizando R$ 346,9 milhões.

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