Após crescer 1.000% em 2021, FTX projeta lucro ainda maior este ano em meio à mercado de baixa

Após ver suas receitas aumentarem consideravelmente em 2021, a FTX pretende atingir marcos ainda maiores este ano, mesmo com as condições adversas do mercado.

Com apenas três anos de existência, a exchange se tornou um verdadeiro caso de sucesso no mercado de criptomoedas. De acordo com a CNBC, que teve acesso a documentos vazados da empresa, a FTX conseguiu aumentar a sua receita em mais de 1.000% no ano passado, saltando de US$ 89 milhões para US$ 1,02 bilhão.

Seu lucro líquido também disparou de forma surpreendente, indo dos US$ 14 milhões registrados em 2020 para os mais de US$ 387 milhões obtidos no ano seguinte. Nesse sentido, vale destacar que grande parte das exchanges tiveram bons resultados financeiros no período devido ao forte crescimento do mercado cripto. No entanto, a empresa comandada por Sam Bankman-Fried (SBF) parece ter um algo a mais.

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Nadando contra a maré

A FTX segue a pleno vapor neste ano, registrando um lucro de US$ 270 milhões no primeiro trimestre, segundo fontes citadas pela CNBC. O próprio SBF confirmou os números, apontando que a exchange projeta uma receita acima de US$ 1 bilhão para 2022, que não tem sido um bom ano para a indústria cripto até o momento.

As criptomoedas não conseguiram desempenhar as mesmas altas vistas no ano passado, reduzindo o interesse de traders e investidores. Com isso, a maioria das exchanges viram suas receitas caírem drasticamente, com algumas precisando fechar as portas.

A Coinbase, uma das maiores rivais da FTX no mercado estadunidense, registrou uma queda de mais de 60% no primeiro trimestre de 2022, acumulando uma perda líquida de US$ 1,1 bilhão. Com isso, a empresa precisou demitir parte de seus funcionários, ação também tomada por outras exchanges como a Bitso, Gemini, Crypto.com e até mesmo o Mercado Bitcoin, maior corretora cripto do Brasil.

Até mesmo a Binance viu seus números caírem, apesar de ainda ser a maior exchange em volume de negociações e de não ter realizado demissões em massa. Tudo isso gera questionamentos de como a FTX tem conseguido resultados tão positivos em meio a um ano tão difícil para a indústria cripto.

Qual o segredo da FTX?

SBF não quis responder a esta pergunta, mas algumas hipóteses podem ser levantadas. Parece que a FTX tem colhido os resultados de suas fortes campanhas publicitárias, especialmente no mercado esportivo dos EUA.

Além disso, a empresa tem aproveitado o inverno cripto para expandir suas operações, adquirindo companhias que passam por dificuldades financeiras. Como exemplo, pode-se listar a aquisição da plataforma de negociação canadense Bitvo e a compra da Embed Financial Technologies, plataforma de compensação de ações.

Atualmente, a exchange negocia a aquisição da Bithumb, uma das maiores exchanges da Coreia do Sul, e da BlockFi, por US$ 240 milhões. Em suma, a FTX está aproveitando as condições adversas do mercado para “comprar na baixa”.  

Nesse sentido, ter como cofundador e CEO alguém como SBF é de grande valia. O empresário é atualmente um dos homens mais ricos do mundo, com um patrimônio de mais de US$ 10 bilhões. Bankman-fried também tem ido as compras, se tornando um dos maiores acionistas do Robinhood, outra empresa que passa por dificuldades após forte crescimento nos anos anteriores.

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