Amazon lança Bedrock AI para enfrentar Google e OpenAI
A AWS está lançando o Bedrock, um serviço de IA que permitirá aos usuários criar modelos generativos de AI21 Labs, Anthropic, Stability AI e da própria Amazon.
Modelos de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, conquistaram o mundo da tecnologia e ameaçam se tornar dominantes. Com o anúncio do Bedrock, fica claro que a Amazon está pronta para apostar tudo em um novo projeto de IA, assim como as gigantes concorrentes Microsoft e Google.
O Bedrock permitirá que os usuários do Amazon Web Services (AWS) criem IAs generativas a partir de modelos de fundação (FMs). O GPT-4 é um exemplo desse tipo de modelo – o ChatGPT é um aplicativo de IA generativa construído sobre ele.
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— Amazon Web Services (@awscloud) April 13, 2023
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— Amazon Web Services (@awscloud)
De acordo com uma postagem no blog da empresa anunciando o serviço, o Bedrock é “uma experiência sem servidor”, onde os usuários podem “personalizar FMs de forma privada com seus próprios dados e integrá-los e implantá-los facilmente em seus aplicativos.”
Em paralelo ao lançamento do Bedrock, a Amazon também anunciou o Titan, um produto que inclui dois novos modelos fundamentais desenvolvidos pela Amazon Machine Learning.
Os detalhes sobre o Titan são escassos até o momento. Os representantes da Amazon mantêm suas especificações técnicas em segredo. No entanto, o vice-presidente da AWS, Bratin Saha, disse à CNBC que a Amazon está usando “uma versão aprimorada” do Titan para exibir resultados de pesquisa na página inicial da empresa.
Os usuários não ficarão limitados aos FMs internos da Amazon, pois a empresa também anunciou a integração do Bedrock com alguns dos modelos mais populares do setor, incluindo o Jurassic-2, um modelo de aprendizado de idiomas multilíngue (LLM) e o Claude, um agente de conversação da Anthropic construído sobre a fundação “IA Constitucional” da empresa.
O Bedrock também fornecerá acesso de API na plataforma aos modelos da Stability AI, incluindo o Stable Diffusion, um popular gerador de imagens.
No entanto, a Amazon pode estar chegando um pouco atrasada para a festa, uma vez que o GPT-4 foi lançado há um mês, mas o Bedrock e o Titan podem desafiar os atuais líderes do setor, graças à quase onipresença da AWS e à facilidade de usá-los.
Os custos de treinamento de um modelo de IA generativo podem ser fenomenais. Infelizmente, uma vez que um modelo é treinado em um determinado conjunto de dados, ele fica essencialmente “sujo” com esses dados e potencialmente propenso a “alucinar” ao oferecer respostas a consultas não relacionadas aos temas com que foi treinado.
O Bedrock permite que os usuários contornem esse problema, dando a eles a opção de usar FMs preexistentes como um backbone de suporte aos seus dados. Para clientes que já estão na AWS e aqueles que trouxerem seus dados para o ecossistema da AWS, isso significa que seus dados permanecem tão seguros quanto estariam normalmente na nuvem da Amazon e nunca serão injetados em conjuntos de dados de treinamento.
De acordo com o anúncio da Amazon, “nenhum dos dados dos clientes é usado para treinar os modelos subjacentes e, como todos os dados são criptografados e não saem da Virtual Private Cloud (VPC) do cliente, os clientes podem confiar que seus dados permanecerão privados e confidenciais.”
A Amazon espera transformar o duelo IAs generativas entre o Bard do Google e o ChatGPT da Microsoft/OpenAI em uma batalha mais ampla com o anúncio do Bedrock e a estreia de dois novos grandes LLMs próprios.
A Baidu, outra empresa de tecnologia chinesa, tentou entrar nesse mercado com o lançamento do Ernie – um aceno ao Bard do Google – mas a má recepção do produto causou uma queda de 10% nas ações da empresa.
Enquanto o Titan e o Bedrock se preparam para se juntar à primeira onda de modelos de IA generativas voltados para o público em geral, empresas de tecnologia em todo o mundo estão se preparando para entrar nesse mercado. A empresa de tecnologia chinesa Alibaba deve lançar seu próprio chatbot de IA, chamado “Tongyi Qianwen”, na esperança de se contrapor às grandes corporações ocidentais que atualmente dominam o espaço.
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