Zro bank aposta na digitalização do mercado com Pix e Open Banking para se tornar referência cripto no Brasil

CEO do Zro Bank espera que todas as transações no Brasil sejam digitais em até dois anos.

A fintech cripto brasileira Zro Bank, uma das instituições financeiras cadastradas no Pix, aposta na revolução digital da economia brasileira para tornar-se uma referência no mercado, segundo matéria da Exame.

O Zro Bank oferece a seus clientes uma conta digital que reúne criptomoedas, câmbio de moedas fiduciárias e outros produtos. Diferente de apps de exchanges e mesmo de outros bancos digitais como o Nubank, o Zro Bank atua como uma carteira que integra a serviços financeiros tradicionais e as criptomoedas.

O CEO do Zro Bank, Edisio Pereira Neto, explica:

“O Zro não é um banco nem uma corretora, mas integra tudo isso. É um superapp financeiro, que oferece, através de parceiros, os mais variados serviços e produtos financeiros. Nosso background vem dos mercados de câmbio e criptomoedas, então trazemos esse knowhow para o Zro. Não queremos ser como bancos tradicionais, cujo foco está nos cartões. Estamos mais interessados em serviços de câmbio”

Ele ainda destaca que as revoluções do Pix e do Open Banking, que devem mudar radicalmente a relação entre instituições financeiras e clientes. A digitalização das transações deve favorecer modelos de negócios como o da fintech:

“Eu acredito que em, no máximo, dois anos ninguém mais vai usar cartão. Todas as transações serão digitais. E quem não usar meios digitais será visto com desconfiança, algo parecido com o que acontece com os cheques atualmente. […] Tenho 200 casas de câmbio, dessas tradicionais, lojas físicas. E eu sei que isso vai acabar em breve. Vão deixar de existir. E agora, no Zro, nós trabalhamos para isso. Seria algo como se eu tivesse uma frota de táxis e estivesse trabalhando para criar o Uber”

Entre as metas da fintech está chegar a 600.000 clientes em até cinco anos e ampliar a carteira para outras criptomoedas – hoje a conta digital suporta apenas o Bitcoin (BTC).

Segundo Pereira Neto, a adoção de criptomoedas no Brasil foi mais lenta do que o esperado, especialmente devido às fraudes e pirâmides que afetaram o mercado até 2019.

“Com a falta de uma regulamentação, surge espaço para golpistas e fraudadores e isso é muito ruim para o mercado. As pessoas leigas no assunto ficam assustadas, se afastam. Mas isso está mudando. O mercado vem se profissionalizando e existe um esforço em conjunto das empresas do meio para promover educação sobre o tema”

De fato, com a atuação do Banco Central, que reconheceu a atividade de exchanges, da Receita Federal, que estabeleceu normas de controle, e da Comissão de Valores Mobiliários, o mercado afastou os atores maliciosos, apesar de não ter extinguido a ação de fraudadores.

Como noticiou recentemente o Cointelegraph Brasil, o Zro Bank e o Atar são as duas instituições que vão integrar o mercado cripto ao Pix no lançamento do sistema, dia 16 de novembro. Além delas, as exchanges também devem oferecer saques e depósitos instantâneos no sistema através de seus parceiros de compensação.

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