Jovens esperam passar mais tempo em jogos do metaverso, revela pesquisa

Levantamento da Bain & Company mostrou que os gamers entre 13 e 17 anos também estão dispostos a pagar mais por isso.

Os jogadores mais jovens gastam mais tempo e dinheiro em jogos do metaverso do que os mais velhos. A afirmação é da empresa de consultoria de gestão Bain & Company, que divulgou recentemente o resultando de uma pesquisa apontando para uma mudança de comportamento entre a geração de gamers entre 13 e 17 anos em relação aos gamers acima desta faixa etária, entre 18 e 34 anos. 

De acordo com a Bain, além de adotarem o estilo de jogos de metaverso mais rapidamente, os jogadores mais jovens são mais propensos a acreditar que passarão mais tempo em ambientes virtuais e imersivos que se sobrepõem ao mundo físico. Isso porque, esta parcela de jogadores, 56% dos entrevistados, acredita que o metaverso não é apenas um espaço para jogo e sim um local de sociabilização e participação de eventos. 

O levantamento, que apresentou diferenças limitadas entre os países pesquisados (Japão, Coreia do Sul, China, EUA e Brasil), também mostrou que 50% dos jovens entre 13 e 17% preferem passar mais tempo com os amigos em jogos, percentual que cai para 42% entre os mais velhos. No caso dos gamers entre 18 e 34 que frequentam o metaverso, 53% deles preferem uma casa de férias a uma ilha exótica no mundo virtual. 

Por outro lado, os entrevistados mostraram preferência ao tipo de experiência que esperam encontrar no metaverso, onde valorizam ambientes imersivos, sociais, que permitam que os jogadores sejam criadores ativos e que estejam disponíveis em qualquer dispositivo, além de oferecerem compras nos jogos. Com um percentual de 51%, os recursos imersivos oferecidos pela plataforma conquistaram a preferência dos entrevistados, com a possibilidade de participação em outras atividades com os amigos aparecendo em segundo lugar, com 47%, a oportunidade de sociabilização em terceiro, como 46%, e a customização de avatares em quarto lugar, com 44%.

Os mais jovens, em um percentual de 44%, também demonstraram mais interesse em fazem compras nos jogos, ante os 34% dos mais velhos. Já o tempo de permanência online também é superior entre os jogadores entre 13 e 17 anos, que gastam em média 12,5 horas por semana nos games, enquanto a permanência semanal média é de 10,9 horas entre os jogadores entre 18 e 24 anos e de 10,5 horas entre os gamers de 25 a 34 anos. O levantamento também apontou que os jogadores entre 13 e 17 anos gastam em média US$ 42 mês nos jogos de metaverso, valor que cai para US$ 28 entre os que têm entre 18 e 24 anos, e US$ 35 entre os que têm entre 25 e 34 anos. 

No caso dos gamers entre 13 e 17 anos, o levantamento também revelou que as 12,5 horas semanais em que eles permanecem jogando ocupa a primeira colocação em relação ao tempo em que eles gastam, por exemplo, com as mídias sociais, shows de TV,  criação de vídeos, música, leitura e filmes. 

 A Bain sugeriu que “o surgimento de novos modelos de pagamento, como assinaturas mensais de bibliotecas de jogos (como Xbox Game Pass e Apple Arcade), juntamente com o domínio global de jogos gratuitos, melhoraram a receita média por usuário”, tendência que deverá se acentuar à medida que os games se tornarem a base para outras experiências de entretenimento pago. Isso porque 56% dos jogadores mais jovens disseram que se sentiam confortáveis em pagar para desbloquear recursos para melhorar o desempenho, enquanto os mais velhos demonstraram refração.  

A faixa etária entre 13 e 17 anos também liderou a pesquisa no que diz respeito a jogar para competir com amigos, familiares e estranhos, enquanto os mais velhos se disseram pais propensos a jogar sozinhos. Já a demanda por recursos criativos, como a criação de minijogos, mostrou-se menos significativa à medida que 55% dos jogadores que pretendem aumentar o tempo nas plataformas de jogos não consideraram a personalização como algo essencial, e mesmo entre os jogadores ativos na realidade virtual e realidade aumentada, mais de 50% não consideraram a tecnologia como primordial.     

As preferências dos jovens, ao que parece, já foi percebida por grandes marcas, que já ingressaram com um número recorde de pedidos de registro em 2022, conforme noticiou o Cointelegraph.

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