Com alta de 80% os 5 ETFs mais rentáveis do Brasil são de Bitcoin e criptomoedas

Atualmente, todos os 5 ETFs mais rentáveis do ano são de criptoativos.

Os preços dos ativos digitais, liderados pelo Bitcoin (BTC), tiveram um forte 2023 até agora. O Bitcoin subiu mais de 70% este ano e o Ethereum (ETH) subiu mais de 50%. Juntos, esses dois ativos ainda representam mais de 63% do valor de mercado total do espaço de ativos digitais. 

A alta no preço do Bitcoin ao longo do ano também impulsionou os ETFs com exposição em criptoativos no Brasil. Atualmente, segundo dados do portal ETFs Brasil, todos os 5 ETFs mais rentáveis do ano são de criptoativos.

Reforçando uma característica comum do início dos mercados de alta no ecossistema de criptomoedas, no qual o BTC abre caminho para os touros e liderando o movimento altista e preparando terreno para a altseason, os ETFs com maior rentabilidade são os que oferecem 100% de exposição ao Bitcoin.

Deste modo, liderando a lista de valorização está o BITH11 da Hashdex que acumula uma alta de 72,52% no ano. Na sequência está o QBTC11 da QR Capital com 71,69% de alta seguido pelo BITI11 da Bloomberg com valorização de 69%.

Em quarto lugar, entre os ETFs mais valorizados está o HASH11, primeiro ETF de criptoativos do Brasil, e que oferece exposição a uma cesta de ativos digitais. O ETF apresenta valorização em 2023 de 61%. Fechando o Top 5 estão praticamente empatados dois ETFs com 100% de exposição ao Ethereum (ETH), o ETH11 e o QETH11, com 49,89% e 49,56% respectivamente.

No entanto, entre os ETFs cripto o HASH11 é o que possui a maior capitalização 1.277 bilhão, seguindo por BITH11 com 217 milhões eo QBTC11 com 148 milhões. Interessante notar que, no número de cotistas, embora o HASH11 lidere com 139.870 cotistas, em segundo lugar está o QBTC11 com 36.204 cotistas, seguindo pelo BITH1 com 12.890.

Mercado de alta deve continuar

Para Mirva Anttila, Directora de Digital Assets Research da WisdomTree, o mercdo de alta das criptomeodas deve continuar em 2023 e impulsionar ainda mais a alta dos ETFs com exposição em criptoativos.

“Acreditamos que podemos estar à beira do quarto maior mercado altista em cripto, embora o momento exato seja incerto. Acreditamos que o próximo mercado em alta será possibilitado por avanços na velocidade e escalabilidade das redes blockchain, interfaces de usuário mais intuitivas e inovações em carteiras blockchain, bem como desenvolvimentos em identidade digital, que abrirão o caminho para aplicativos Web3”, disse.

Anttila também aponta que as stablecoin são um importante ator no mercado de criptomoedas e catalizador fundamental para o mercado de alta. Ela destaca que como as stablecoins são globais e acessíveis a qualquer pessoa, elas oferecem uma maneira atraente de transmitir dinheiro de forma barata e segura ao redor do mundo 24 horas por dia, 7 dias por semana, e liquidar transações (quase) instantaneamente.

“Para dar uma ideia da magnitude dos volumes de transações, no ano passado, a Visa liquidou US$ 12 trilhões em pagamentos, principalmente relacionados a gastos do consumidor, enquanto as stablecoins liquidaram US$ 8 trilhões em transações on-chain, superior aos US$ 2,2 trilhões liquidados pela Mastercard ou US$ 1 trilhões liquidados pela American Express”, disse.

Segundo ela, este ano, é possível que o valor combinado das transações de stablecoin exceda os pagamentos liquidados pela Visa. Esses volumes de transação de stablecoin, é claro, não estão relacionados aos gastos do consumidor, mas sim a pagamentos, negociações e finanças descentralizadas, e não levam em consideração os volumes de negociação em exchanges centralizadas.

Deste modo, segundo a especialistas, depois das turbulências enfrentadas pelas stablecoins e pelo arrefecimento da taxa de juros nos EUA a tendência é que o mercado de alta perdure durante o ano embora seja difícil dizer se o Bitcoin irá superar, ainda em 2023, sua máxima histórica em US$ 69 mil.

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Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.

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