Qual criptomoeda comprar: Binance dá dicas de como escolher a ‘melhor’ criptomoeda na hora de comprar
Especialistas do mercado dão dicas de como comprar e escolher as ‘melhores’ criptomoedas
Bitcoin ou altcoins? Manter as criptomoedas ou vendê-las o mais rápido possível? Qual é a decisão mais correta a ser tomada quando os preços de uma criptomoeda estão caindo?
Para responder estas e outras perguntas, a Binance, CryptoMarket e a Investidores VC, compartilharam com o Cointelegraph algumas dicas que podem ajudar os investidores a tomar a decisão mais adequada de acodo com seu apetite ao risco.
Inclusive está é a primeira dica da Binance: como qualquer investimento, as criptomoedas têm riscos. Portanto, é fundamental sempre pesquisar, buscar informações confiáveis e ter clareza dos riscos que está disposto a correr com o valor de investimento alocado em criptomoedas.
“Também é importante saber que o bitcoin não é a única moeda digital disponível, embora seja a primeira opção de muitas pessoas e a que possui o maior volume de negociação no mundo. Existem milhares de alternativas, conhecidas como altcoins, que se dividem principalmente entre as que operam em suas próprias redes e as que operam em outras blockchains”, destaca a Binance.
A Binance aponta também que muitas pessoas ainda relutam em entrar no mundo das criptomoedas porque temem pela segurança de seus fundos e que por mais que as empresas do setor desenvolvam ferramentas e invistam em segurança, a primeira linha de defesa é sempre o próprio usuário.
“Aqueles que desejam manter seus fundos seguros devem estar atentos e transformar em hábito as boas práticas, como verificar a origem das mensagens recebidas; evitar compartilhar informações pessoais e nunca clicar em links suspeitos, além de habilitar mecanismos de autenticação de dois fatores (2FA)” disse.
Segundo a Binance, uma vez obtidas as informações necessárias e definidas as criptomoedas que se deseja escolher, é preciso decidir se você pretende ficar com elas na sua carteira ou vendê-las o mais rápido possível. Essa segunda opção, conhecida como trading, busca obter lucros a curto ou médio prazo, por meio de compras e vendas regulares.
“É importante ter em mente que os traders bem-sucedidos geralmente criam estratégias complexas e dedicam muito tempo a analisar o comportamento do mercado. Eles também estão sujeitos a maiores riscos, pois as condições podem mudar de uma hora para outra, e as estratégias devem ser ajustadas constantemente”, afirma a empresa.
Deste modo a Binance destaca que quem deseja optar pelo trading precisa analisar e comparar as taxas e outros custos cobrados nas transações, pois eles podem representar uma perda significativa ao calcular o resultado final.
“Outra estratégia que pode ser adotada é o holding, que significa manter as criptomoedas por um longo período. As flutuações podem ser intensas no mundo das criptos. Analisando o movimento da mais famosa, o bitcoin, hoje está cotado a menos da metade de seu máximo histórico em 2021. No entanto, nos últimos três anos, a moeda quase triplicou seu valor, de acordo com o site de referência CoinMarketCap” disse.
Tokens de inteligência artificial
A ascensão de ferramentas de inteligência artificial (IA) como o ChatGPT tem incentivado empresas de tecnologia a expandir a utilização dessa tecnologia em seus produtos e serviços. Grandes empresas de tecnologia como a OpenAI, responsável pelo famoso ChatGPT, recentemente arrecadaram US$ 175 milhões para a criação de seu próprio fundo, visando o reforço do investimento em startups de IA.
Com empresas de renome como Meta, Google e Snapchat se lançando na corrida pelo desenvolvimento de uma plataforma de IA relevante, a confiança no setor é inegável. Uma pesquisa conduzida pelo JP Morgan revela que mais da metade dos traders institucionais acreditam que a IA e o aprendizado de máquinas serão as tecnologias mais influentes para moldar o futuro do trading nos próximos três anos.
“Os tokens de projetos envolvendo IA e Big Data estão atraindo cada vez mais o investimento de fundos de venture capital, de empresas ligadas à tecnologia e os investidores individuais”, afirma Amure Pinho, fundador do Investidores VC.
O fato é que vários tokens relacionados à IA apresentaram um crescimento impressionante desde o início do ano, com destaque para o Agix, plataforma focada na IA SingularityNET, que registrou um aumento de cerca de 456% em poucos meses. Contudo, Pinho ressalta alguns pontos de atenção para aqueles que desejam investir nesse setor emergente.
Assim como a Binance, Pinho defende que primeiramente, é imprescindível pesquisar extensivamente sobre o projeto e a empresa antes de fazer qualquer investimento.
“Isso ajudará a evitar falsas ondas no mercado de criptomoedas, que atualmente possui cerca de 20 mil criptos. A falta de conhecimento pode levar a investir em projetos sem fundamentos que não trarão retorno financeiro”, alerta Pinho.
Outro ponto apontado pelo especialista, é estudar se o projeto realmente faz uso da IA em seu modelo de negócio ou se está apenas aproveitando o boom para atrair possíveis investidores. Além disso, os investimentos em criptomoedas são considerados de alto risco, por isso, é fundamental diversificar o portfólio investido e ter consciência do quanto investir para minimizar o impacto nas economias.
Por último, Pinho aconselha a ficar atento às novidades e notícias que podem afetar seus investimentos.
“Muitos desses projetos ainda não foram testados em um ambiente concorrencial e será necessário tempo para entender se o ativo sobreviverá. Apesar da segurança dos protocolos de criptomoedas, eles ainda não estão imunes às fraudes humanas. Fique sempre atento e informado”, finaliza.
Vale a pena investir em memecoins?
30 milhões, este é o número de memecoins na blockchain do Bitcoin, de acordo com o site brc-20.io. Juntas, elas hoje têm um valor de mercado de aproximadamente US$ 475 milhões, uma queda de mais de 50% em relação ao ínicio de maio, quando valiam US$ 1 bilhão.
Mas será que é seguro investir neste tipo de criptoativo? De acordo com Denise Cinelli, Country Manager da CryptoMarket, a resposta é não porque são moedas especulativas.
“As memecoins são criptomoedas que não tem nenhum projeto por trás, são sem funcionalidade e um exemplo delas é a Dogecoin, que foi apadrinhada pelo Elon Musk, e acabou ganhando uma seriedade, uma chancela de credibilidade, porque o empresário afirmou que irá utilizá-la em seus projetos. E ela cresce com essa especulação”, explica a executiva.
Segundo ela, apesar de agora possuir uma certa credibilidade no mercado, no início realmente não tinha nenhum respaldo.
“Esse tipo de criptomoeda prejudica a credibilidade do mercado. Servem para investimento de curto prazo, para aproveitar os movimentos do mercado que variam de acordo as especulações que giram em torno dela, mas não é um ativo em que deixaria nem mesmo 1% do meu capital investido”, completa Cinelli.
Cinelli aponta que ao adquirir este tipo de criptomoeda o investidor fica vulnerável pois elas têm uma volatilidade extrema, com altas impulsionadas por pump, que são grupos organizados para inflar artificialmente os preços das memecoins, induzindo outros investidores a comprar com base em informações enganosas.
“Isso leva a uma rápida valorização, como aconteceu com a Pepecoin recentemente, e posterior queda de preços, deixando os investidores em desvantagem. Uma medida que tomamos internamente, para proteger nossos clientes, é disponibilizar o resumo do projeto de cada criptomoeda para que possam evitar uma cripto duvidosa, e não investir em projetos duvidosos. ”, conta.
Ela aponta que tanto memecoin sensação, a Pepecoin, quanto a memecoin ‘original’, a Dogecoin sofreram eventos de pump e subsequente queda de preços em momentos diferentes. Essas flutuações de preços podem ser atribuídas a fatores como especulação excessiva, influência de grandes investidores e manipulação do mercado.
A Pepecoin, em particular, enfrentou desafios após seu lançamento inicialmente bem-sucedido. Fatores como mudanças de direção do projeto, problemas de governança e a influência de grupos externos contribuíram para a queda de seu valor.
“O movimento especulativo em torno da moeda, que levou a um número recorde de transações congestionando a rede do Bitcoin, levou aos desenvolvedores de algumas grandes plataformas a debaterem sobre a possibilidade de erradicar as memecoins pois elas não têm projeto para agregar a comunidade”, conta Denise Cinelli.
A Dogecoin, por sua vez, experimentou várias flutuações significativas de preço ao longo dos anos, impulsionadas por anúncios realizados por Elon Musk como a mudança da logo do Twitter pelo símbolo da cripto, financiamento da missão da SpaceX com a cripto e a compra de alguns produtos da Tesla.
“Embora os advogados de Musk argumentem que os efeitos são mínimos, sabemos que não é bem assim. As constantes menções que ele faz sobre a Dogecoin a tornaram uma das mais fortes desde que ele começou a promovê-la, o que não há nada de errado. O problema está no fato de não ter um projeto e seu crescimento acontecer na base da especulação, o que acaba prejudicando a confiança no mercado, ao invés dos bens e serviços por meio dos quais se cria valor”, pontua.
Cinelli destaca que é crucial que os investidores entendam os riscos envolvidos e conduzam pesquisas aprofundadas antes de tomar decisões de investimento.
“A volatilidade e a manipulação do mercado podem levar a flutuações extremas de preços em um curto período de tempo, gerando grandes perdas financeiras”, finaliza Cinelli.
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