Criptomoedas de wallet e DEX disparam até 45% em meio à desconfiança do mercado e recuo do Bitcoin

Medo dos investidores e possível efeito dominó envolvendo as CEXs podem ter favorecido projetos que favorecem autocustódia de criptomoedas.

Dados da plataforma de análise on-chain Glassnode dos últimos sete dias revelaram que os investidores de criptomoedas retiraram cerca de US$ 3 bilhões em Bitcoins (BTC) das exchanges, maior volume desde abril de 2021. O que coincidiu com o aumento no número de carteiras recebendo BTC, quase 90 mil no último dia 9 de novembro, possível reflexo da desconfiança que tomou conta dos investidores, sobretudo com as exchanges centralizadas (CEXs), desde que a exchange de criptomoedas FTX entrou em crise de liquidez

Na manhã deste domingo (13), o BTC era trocado de mãos por US$ 16,6 mil (-1,39%) e respondia por 38,3% de dominância de mercado, cuja capitalização era de US$ 834 bilhões (-1,5%). Com exceção das stablecoins, o recuo era acompanhado pela maioria das principais altcoins por capitalização de mercado, entre elas o XRP, negociado por US$ 0,35 (-5,53%), o ETH, avaliado em US$ 1.239 (-1,89%), o ADA, precificado em US$ 0,33 (-3,32%), o MATIC, transacionado por US$ 0,88 (-7,3%), e o SOL, comprado por US$ 13,72 (-10,6%).

Não por acaso o DYDX, token de governança da exchange de criptomoedas descentralizada (DEX) dYdX, operava em alta de 30% ao ser negociado por US$ 2,38. O projeto que atualmente permite aos usuários efetuarem posições em futuros, short ou long, sem a necessidade de KYC (Know-Your-Customer), deverá avançar nos próximos meses para o mercado à vista (spot) segundo declarações recentes de Antonio Juliano, CEO da empresa baseada em Zugo, na Suíça.

Gráfico diário do par DYDX/USD. Fonte: CoinMarketCap

A dYdX ocupava a 136ª posição no ranking com US$ 154,4 milhões em capitalização de mercado e o DYDX movimentando US$ 365,3 milhões em negociações diárias (+0,5%). No Twitter, a plataforma comemorou no último dia 11 o que pareceu ser um reflexo positivo no volume de negociações diante do crash, já que o volume de transações chegou a US$ 2,2 bilhões e 492 mil trades em 24 horas.

Para 2023, a exchange descentralizada tem como trunfo o lançamento da versão 4 de seu protocolo, que atualmente é uma solução de dimensionamento da camada 2 da rede Ethereum. Segundo a empresa, as transações serão 100% descentralizadas no próximo ano por meio de uma blockchain própria na rede Cosmos (ATOM), o que deve ser acompanhado de taxas de transação mais baratas do que as atuais. 

Na esteira da desconfiança de parte dos investidores com as exchanges centralizadas, outros projetos direcionados à proposta da tecnologia blockchain, de descentralização, também avançaram. Um deles era o TWT, utility token da hot wallet Trust Wallet, voltada ao armazenamento e mobilidade de criptomoedas em diversas redes, operava em alta de 45% e era negociado por US$ 1,72.

Gráfico diário do par TWT/USD. Fonte: CoinMarketCap

O projeto, capitalizado em US$ 718,1 milhões (+45,8%) e rankeado na 53ª colocação, era impulsionado pelo aumento de 1.321% do TWT, responsável por US$ 272,6 milhões em transações. 

Nos últimos dias, o “analista do fim do mundo” também apontou o tombo de um rival do Ethereum enquanto o Bitcoin sofria com rumores na Huobi, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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