Vitreo amplia portfólio cripto e lança dois fundos focados em smartcoins

A corretora brasileira Vitreo lançou nesta quarta-feira, 1, dois novos fundos de investimento em criptoativos, ampliando sua oferta de produtos ligados ao setor. Agora, investidores de varejo e investidores qualificados podem acessar o universo das smartcoins – criptomoedas ligadas às redes de contratos inteligentes (ou “smart contracts”) – por meio de uma estrutura que conta com gestão ativa da casa e validação da equipe de research da Empiricus.

O primeiro é o “Vitreo Cripto Smart”, que tem uma alocação de 100% em ativos relacionados aos smart contracts. O fundo tem aporte inicial mínimo de 5 mil reais, taxa de administração de 1,5% ao ano e taxa de performance de 20% sobre o que exceder o índice ICE US Treasury Short Bond Index TR +2%. Para seguir a regulamentação da CVM sobre ativos baseados no exterior, esse fundo é exclusivo para investidores qualificados – aqueles com pelo menos 1 milhão de reais investidos na B3 ou certificação da CVM.

O segundo é o “Vitreo Coin Smart”, que é voltado para todos os perfis de investidores e tem uma exposição de 20% no Vitreo Cripto Smart e 80% em ETFs de criptoativos listados na B3. O fundo tem taxa de administração de 0,34% ao ano e taxa de performance indireta, ou seja, cobrada pelos fundos nos quais o seu portfólio é investido. A aplicação inicial mínima é de mil reais.

“A principal vantagem da tese e dessa estrutura que montamos é facilitar o acesso aos ativos da carteira, assim como adicionar à composição do fundo a curadoria de ativos da Empiricus e da Vitreo, antecipando para o investidor tokens com alto potencial de valorização. No momento em que o Ibovespa acumula cinco meses de queda consecutiva, os fundos trazem perspectivas de bons retornos para o investidor”, explica Jojo Wachsmann, sócio e CIO da Vitreo.

Atualmente, a família de fundos de investimento em ativos digitais da Vitreo já soma nove produtos. São teses de investimento que aplicam em diferentes criptoativos e segmentos especificos como DeFi (finanças descentralizadas), NFTs e agora também os smart contracts, além de fundos de bitcoin e outras criptomoedas.

Um dos ativos presentes nos novos fundos é o ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum. “O ether é um criptoativo que faz parte do universo dos smart contracts. Dentro do universo cripto, essa é uma tese que usa a tecnologia do blockchain para registro de contratos. Seria o fim dos cartórios. A rede guarda todo o histórico de transações e é um caminho, para o usuário, muito mais seguro que o cartório”, resume Wachsmann.

Além da Vitreo, várias outras instituições financeiras brasileiras têm ampliado a oferta de produtos de investimento relacionados ao mercado cripto. O país já conta com cinco ETFs de criptoativos listados na B3, dezenas de fundos de investimento, de diferentes gestoras e corretoras, e até iniciativas de grandes bancos, como o BTG Pactual que, além de fundos, anunciou em outubro o lançamento da Mynt, plataforma que permitirá o investimento direto em criptoativos.

O desenvolvimento do mercado cripto brasileiro tem atraído também diversas empresas estrangeiras ligadas a este universo. Grandes marcas de fora do país, como Binance, Crypto.com e FTX já atuam no mercado nacional, que recentemente ganhou mais um concorrente, com o anúncio da abertura de um escritório no Brasil pela Blockchain.com, que é a principal plataforma de carteiras cripto do mundo.

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