‘Usadas da maneira certa, stablecoins são equivalentes a dinheiro’, diz Steve Forbes

Steve Forbes relata os motivos das stablecoins serem uma ameaça aos governos

As stablecoins são um tipo de criptomoeda que geralmente têm seu valor atrelado a outro ativo, como um moeda fiduciária de um país, metais preciosos ou outros tipos de criptomoedas, conforme explica este artigo do Cointelegraph.

Enquanto as principais criptomoedas como o Bitcoin (BTC) passam por grnades variações de preços, os críticos argumentam que os criptoativos não podem ser usados como meio de troca.

As stablecoins tentam lidar com isso, garantindo mais estabilidade. Como isso funciona na prática varia. Em alguns casos, US$ 1 é mantido em reserva para cada unidade de uma stablecoin em circulação, ou talvez um grama de ouro. 

Como dólares e metais preciosos não são tão voláteis, sujeitos a variações irregulares de preços, a maioria das stablecoins busca diminuir esta volatilidade. 

É possível saber sobre os conceitos básicos de stablecoins aqui.

Em coluna na Revista Forbes, o Diretor executivo da Forbes Media LLC, Steve Forbes, falou sobre as stabecoins, que são um tipo de criptomoeda que o governo dos Estados Unidos realmente não gosta.

A estabilidade das stablecoins, atreladas a outros ativos, significa que elas podem ser usadas facilmente em transações comerciais corriqueiras, bem como em contratos de longo prazo. 

Steve comenta no artigo que “ninguém em sã consciência assinaria uma hipoteca residencial em bitcoin, com a possibilidade de acabar devendo dez vezes o preço nominal da casa.”

O Bitcoin como exemplo é explicado pela variação de preços: 

“Essa nova classe de criptomoedas disparou de um valor total de US$ 28 bilhões no início do ano para US$ 110 bilhões em julho. Seu uso em negociações comerciais também vem crescendo rapidamente. Não é de admirar: usadas da maneira certa, elas são equivalentes a dinheiro.”

Steve afirma que “as stablecoins representarão uma ameaça mortal aos atuais sistemas de processamento de pagamentos, que são complexos, pesados e caros.”

“Graças às blockchains, as stablecoins eliminam os intermediários. A título de exemplo, as transações com cartão de crédito normalmente custam aos comerciantes de 2% a 3% em tarifas. Com as stablecoins, essas tarifas desaparecem.”

Ele afirma, ainda, que as stablecoins também facilitarão o comércio e as remessas internacionais, ao mesmo tempo que extinguirão as tarifas habituais. 

“A economia final para consumidores e empresas pode chegar a, literalmente, centenas de bilhões – senão a trilhões – de dólares por ano.”

Isso é importante porque, na visão de Steve, “liberaria enormes quantidades de capital para o financiamento de novas empresas, bem como incrementaria substancialmente os investimentos que aumentam a produtividade das empresas existentes. Como consequência, o padrão de vida passará por uma elevação significativa.”

Steve Forbes lembra de uma frase recente da Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, em julho:

“Reunir as autoridades reguladoras nos permitirá avaliar os benefícios potenciais das stablecoins e, ao mesmo tempo, diminuir os riscos que elas podem representar para os usuários, os mercados ou o sistema financeiro”.

Steve diz que algumas regulamentações baseadas no bom senso são necessárias. Isso é fundamental para garantir, na visão dele, “que um emissor de stablecoins tenha, de fato, ativos que respaldam suas moedas, da mesma maneira que se assegura aos investidores que um fundo do mercado financeiro realmente tem os ativos que afirma ter.”

Apesar de todo esse discursos, o Diretor Executivo da Forbes afirma que “a pauta verdaderia é outra”.

“As autoridades reguladoras estão despertando para o fato de que as stablecoins ameaçam não apenas os sistemas de pagamento existentes, mas também, e mais fundamentalmente, o próprio monopólio dos governos no que diz respeito à emissão de moeda.”

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