Coalizão anticripto nos EUA derruba o Bitcoin em dia de derretimento de 62% do ‘novo amor de Elon Musk’

Mercado de criptomoedas não consegue acompanhar Nasdaq apesar da alta da gigante Alphabet e sinais de recuo da inflação junto aos produtores.

Benchmark do mercado de criptomoedas, o Bitcoin (BTC) se descolava do índice Nasdaq na manhã desta sexta-feira (12) ao ser trocado de mãos por volta de US$ 26,4 mil (-3,92%) e recuar em dominância de mercado (46,3%), cuja capitalização orbitava US$ 1,10 trilhão (-2,53%). 

A baixa dos preços coincidia com novas movimentações em favor da regulamentação das criptomoedas nos EUA enquanto o Nasdaq se favorecia ao atingir 12.328 pontos (+0,18%), impulsionado com a alta das ações do conglomerado Alphabet, que possui parceria com diversas startups do ecossistema cripto, impulsionadas pela utilização da inteligência artificial (IA) no Google.

O encolhimento do mercado de criptomoedas também seguia em direção oposta a um cenário que se mostrou favorável nos últimos meses: dados sugestivos do recuo da inflação e o agravamento da crise dos bancos regionais nos EUA. 

Isso porque o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em abril (2,3% no acumulado de 12 meses) segundo o Departamento do Trabalho, menos do que o esperado pelos analistas. O que, em tese, favorece o mercado cripto por representar um sinal de recuo da inflação.

No caso da crise dos bancos, o PacWest registrou queda de quase 10% em depósitos em uma semana e suas ações despencaram 24%, fora outras quedas de bancos regionais e das ações da Walt Disney (-8,73), que relatou desaceleração trimestral número de assinantes. Não por acaso, o índice S&P 500 operava em 4.130 pontos (-0,17%).

Quanto à pressão sobre o Bitcoin, uma publicação da jornalista Eleanor Terrett, da Fox Business, caiu como uma bomba sobre o mercado de criptomoedas. No caso a anexação de um memorando distribuído aos membros do Comitê Democrata antes de uma audiência sobre a regulamentação de criptomoedas nos EUA, documento que orientava os parlamentares a apoiarem das diretrizes da SEC, a comissão de valores mobiliários daquele país. 

Em relação às principais altcoins em capitalização de mercado, a maioria em queda, o ETH respondia por US$ 1.769 (-3,13%), o BNB valia US$ 305 (-2,07%), o DOT se convertia em US$ 5,24 (-2,75%), o ETC era transacionado por US$ 18,12 (-3%) e o TON era trocado por US$ 1,85 (-6,93%). No campo positivo, o ATOM representava US$ 11,26 (+3,49%), o KAVA se nivelava em US$ 0,91 (+3,16%) e o RNDR estava cotado em US$ 1,74 (+1,79%).

Em relação às altas de dois dígitos percentuais, em menor número, o TOMI estava quantificado em US$ 4,45 (+17,77%), o ARPA se estabelecia em US$ 0,052 (+10,66%), o POLIS estava estimado em US$ 0,16 (+17%) e o ZANO estava precificado em US$ 1,01 (+13,25%).

Dois dias após subir 11.693% ao receber “declarações de amor” do bilionário Elon Musk e ser listada em diversas exchanges, a memecoin Milady (LADYS) apresentava forte queda ao ser negociada por US$0.0000000583 (-62%).

Gráfico de 24 horas do par LADYS/USD. Fonte: CoinMarketCap

Enquanto o despejo de LADYS no mercado derruba a memecoin após as declarações de Musk e o Bitcoin sente a pressão de movimentos regulatórios nos EUA, no Senado do Brasil um parlamentar propõe uma emenda à MP 1.171 para tributar criptomoedas de brasileiros no exterior, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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