Unick Forex mentiu até sobre sede em Belize, empresa nunca teve escritório no país

Unick Forex mentiu para clientes e nunca teve escritório em Belize revela o próprio condomínio onde a empresa afirmava ter sede

A suposta pirâmide financeira, Unick Forex, cujos operadores foram alvos da Operação Lamanai, da Polícia Federal, teria mentido para seus clientes até mesmo sobre a suposta sede da empresa em Belize, na América Central, segundo publicação feita hoje, 27 de novembro, pelo jornal NH.

A empresa afirmava pagar rendimentos de até 400% para seus clientes por meio de aplicações no mercado Forex, proibido no Brasil e, antes da operação da Polícia Federal, já tinha sido notificada três vezes pela Comissão de Valores Mobiliários do Brasil, CVM, a parar suas atividades.

De acordo com a publicação a Unick afirmava ter um escritório no The Matalon Business Center que ficava ao lado do Banco Central de Belize e de onde o presidente da Unick Forex, Leidimar Lopes, teria assinado as últimas cartas aos clientes da empresa antes de ser preso pela Polícia Federal.

Contudo a informação é falsa e foi desmentida pelo próprio condomínio que publicou uma mensagem dizendo que a empresa não é nem nunca foi locatária do prédio, “Unick is not a tenant of the Matalon Business Center”.

Mesmo sem sede no país, segundo investigação da Polícia Federal a empresa teria uma forte atuação em Belize, considerado um paraíso fiscal. No entanto a PF ainda não revelou detalhes de como seriam as supostas operações da empresa naquele país.

Como noticiou o Cointelegraph, o Ministério Público Federal encaminhou à Justiça Federal a acusação formal contra Leidimar Lopes, Danter Silva e mais 13 pessoas ligadas às atividades da suposta pirâmide financeira, Unick Forex. Na acusação o MPF acusa Lopes e todos os demais supostos organizadores da Unick de organização criminosa.

A acusação do MPF foi feita com base nos dados apurados no Inquérito Policial nº 0054/2019-SR/DPF/RS – Processo Eletrônico nº 5003845- 79.2019.404.7100, como desdobramento da Operação Lamanai da Polícia Federal que prendeu os membros citados da Unick e também apreendeu bens, dinheiro e bitcoins ligados a empresa.

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