Travelex Bank fecha acordo com a Ripple para usar XRP em pagamentos B2B baseados em criptomoedas no Brasil

País é considerado estratégico para a o avanço do On-Demand Liquidity (ODL), tecnologia da startup californiana, na América Latina.

A Ripple, startup de tecnologia de pagamento empresarial, business-to-business (B2B), sediada no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), anunciou esta semana um acordo com a operação brasileira do banco britânico Travelex Bank para utilização no Brasil do On-Demand Liquidity (ODL), tecnologia de soluções corporativas em bclockchain e criptomoedas da Ripple, cujo token nativo é o XRP

O sistema de liquidação bruta, que também suporta dinheiro fiduciário, tem sido adotado por diversos bancos e redes de pagamento ao redor do mundo devido à velocidade das transações, estabilidade da tecnologia e a capacidade de o XRP servir como ponte. 

O acordo prevê a simplificação de acesso dos clientes do Travelex Bank ao dinheiro internacional por meio de vários serviços, em que estão incluídos remessas e pagamentos internacionais, disponibilização de caixas eletrônicos e cartões pré-pagos em 20 moedas. O que, na prática, seria uma alternativa mais barata ao sistema Swift, que permite transferências rápidas através de fronteiras nacionais. 

Primeira instituição financeira da América Latina a utilizar o XRP, o Travelex Bank anunciou que as liquidações ficarão disponíveis 24 horas, sete dias por semana, aos seus parceiros que, segundo a empresa, possuem capital limitado para cobrir os custos de pré-financiamento, o que atrapalha o crescimento das empresa. Entretanto, inicialmente a Travelex só apoiará pagamentos entre Brasil e México, com planos de ampliar a região de atuação e os casos de uso, o que inclui a implantação de uma tesouraria interna e pagamentos em massa para pequenas e médias empresas. 

Em sua primeira viagem ao Brasil, o CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, disse ao jornal O Globo que o ODL consegue fazer de maneira instantânea o que o Swift leva três a cinco dias para concluir. O executivo acrescentou que o Brasil é um dos dez maiores  mercados da Ripple no mundo e que sistemas como o PIX criaram no consumidor uma demanda para que algo similar aconteça em remessas internacionais.      

Garlinghouse revelou que desde 2019, quando abriu um escritório no Brasil, a Ripple vinha tentando fechar um acordo de adoção do sistema ODL, uma vez que os clientes da empresa no país, como Banco Rendimento e Remessa Online, não utilizam o XRP.

Enquanto parece estar em “lua de mel” com o Brasil, a Ripple, através do diretor de  tecnologia da empresa, David Schwartz, entrou em “pé de guerra” com o cofundador da rede Ethereum (ETH) Vitalik Buterin, conforme noticiou o Cointelegraph.

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