Transfero, emissora da BRZ compra a cBRL e se consolida como maior stablecoin pareada ao Real
A Transfero anunciou a compra do CryptoBRL (CBRL), o negócio tem como objetivo fortalecer o BRZ, consolidar o mercado de stablecoins no Brasil e possibilitar maior acesso dos brasileiros ao mercado global de criptoativos
A Transfero, emissora da stablecoin BRZ, anunciou, nesta quarta, 10, a compra do CryptoBRL (CBRL), outra stablecoin pareada ao Real. O negócio tem como objetivo fortalecer o BRZ, consolidar o mercado de stablecoins no Brasil e possibilitar maior acesso dos brasileiros ao mercado global de criptoativos.
O cBRL foi criado no início do ano passado por um conjunto de empresas e exchanges. Desenvolvido utilizando o padrão ERC20 da rede Ethereum (ETH). Já o BRZ, criado em 2019, foi a primeira stablecoin brasileira em circulação e hoje é a maior stablecoins não pareada ao dólar.
“Hoje existem mais de dez mil criptomoedas e tokens no mundo e boa parte deles não estão disponíveis diretamente ao usuário brasileiro. Nós criamos o BRZ para diminuir a fricção e dar mais acesso ao mercado global de criptoativos. A aquisição da cBRL visa a união da comunidade de criptoativos brasileira”, explica Thiago Cesar, CEO da Transfero.
Segundo a Transfero, a BitPreço oferecerá a possibilidade para os detentores de cBRL trocarem seus tokens por BRZ e, a partir de 31 de dezembro todos os tokens cBRL serão inutilizados.
Para trocar as stablecoins, o usuário precisa acessar a exchange BitPreço e fazer a conversão para o BRZ na razão de 1:1. Outras plataformas poderão oferecer o serviço até 31 de dezembro.
Brasil
Com a crescente ascensão do bitcoin e do mercado de criptomoedas, empreendedores e investidores têm observado com atenção as oportunidades disponíveis nesta área. Não à toa, entre 2014 e 2021, quase 16 mil criptoativos foram criados, segundo a CoinGecko, sendo que apenas no semestre de 2021, mais de 2 mil novas criptomoedas foram adicionadas nesta lista, segundo a agregadora de dados CoinMarketCap.
A Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) destacou ao Cointelegraph que tem olhado de perto as fintechs deste ramo, que atualmente, já somam 94 startups, segundo o Distrito.
Uma das pautas levantadas dentro do setor é o de finanças descentralizadas (DeFi). O conceito evoluiu bastante, principalmente com o Ethereum, que possui contratos inteligentes, abrangentes e flexíveis em relação ao Bitcoin.
Como resultado, uma série de aplicações, antes somente efetuadas no mercado financeiro tradicional e centralizado, começaram a surgir usando blockchain.
“A novidade tem atraído a atenção de investidores, que têm aportado grandes valores. No entanto, há riscos, tais como projetos sem nenhuma auditoria de segurança ou que ainda não são descentralizados o suficiente. O que a médio prazo pode resultar na perda completa dos fundos. É importante estar em constante atualização em relação a este mercado, estudar e avaliar prós e contras na hora de optar por esse tipo de investimento”, avalia a ABFintech.
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