Trader processa exchange de criptomoedas onde trabalhava por não pagamento de bônus

Um ex-funcionário da exchange de criptomoedas Kraken abriu um processo contra a empresa para requerer US$ 900 mil (cerca de R$ 3,5 milhões). Segundo ele, o valor é referente a comissões não pagas no ano de 2017, segundo a Bloomberg.

De acordo com a reportagem, a ação foi apresentada no dia 04 de abril em Nova York. O autor, Jonathan Silverman, trabalhou dois anos na empresa. Ele citou que houve um acordo verbal que não foi cumprido.

No processo, consta que Silverman teria um trato com Jesse Powell, cofundador e CEO da Kraken. O líder da bolsa teria, então, firmado um salário de US$ 150 mil mais 10% de comissão sobre o lucro anual nas operações de trading da empresa.

Ele disse que em um período de três meses em 2017 a empresa não pagou a comissão previamente acertada. Naquele período, os negócios da Kraken obtiveram cerca de US$ 19 milhões de lucro.

Exchange contesta

Christina Vee, porta-voz da Kraken, disse que, além de estar mentindo, Silverman violou o acordo de confidencialidade com a empresa.

Já um dos advogados de defesa de Silverman disse que não é por ser um setor não regulado que as empresas podem fazer o que quiserem.

“Só porque algumas pessoas do criptomercado acreditam que as regras não se aplicam a elas, não significa que é assim que as coisas realmente funcionam”, disse David Silver ao site.

Dedurou a Kraken

Silverman também fez uma delação prejudicial à Kraken. Ele alegou que foi contratado para operar os negócios da exchange em Nova York (NY), Estados Unidos, onde a empresa não tem autorização para negociar.

A denúncia fica mais evidente quando se compara o caso de Silverman com informações de um outro processo contra a empresa, aberto por Robert Adler, e que sugere que ambos trabalhavam em solo novaiorquino.

Empresa deixou NY há quase quatro anos

A Kraken anunciou em 2015 que estava deixando de operar nos EUA. Com o artigo ‘Adeus Nova York’, a exchange supostamente se despediu.

“Hoje, a Kraken interrompe o serviço para os residentes de Nova York. Lamentavelmente, a abominável BitLicense despertou. É uma criatura tão suja e cruel que nem mesmo a Kraken possui coragem ou força para enfrentar seus grandes dentes afiados”, publicou a empresa na época.

A BitLicense é um conjunto de regulamentações que foi imposto pelo Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova York (NYDFS) para empresas de bitcoin.

A lei entrou em vigor em 8 de agosto de 2015. Na época, o New York Business Journal chamou o fato de “Grande Êxodo do Bitcoin”, por condicionar as empresas de criptomoedas a deixarem a região.


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