Tokenização avança no Brasil com lançamento de 3 novos tokens seguindo regras da CVM

A tokenização segue avançando no Brasil com o lançamento de 3 novos tokens lastreados em ativos e seguindo as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A tokenização segue avançando no Brasil com o lançamento de 3 novos tokens lastreados em ativos e seguindo as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os novos tokens oferecem oportunidades de investimento em mercados que antes estavam inacessíveis aos pequenos investidores.

O primeiro lançamento é da Vórtx QR Tokenizadora que anunciou a primeira emissão do Brasil de cotas tokenizadas de um fundo multimercado.

A operação ocorre em parceria com a AGBI, gestora de recursos independente especializada em investimentos em ativos reais no Brasil. São 30 mil cotas comercializadas a R$ 1 mil cada, totalizando um montante de R$ 30 milhões em um primeiro momento.

Pela primeira vez na história da tokenização brasileira tais ativos chegarão a investidores profissionais no mercado secundário. Quando isso acontecer, os valores das cotas tokenizadas representarão a cota do fundo no dia da compra. A oferta e negociação serão realizadas por meio da plataforma administrada pela Vórtx QR Tokenizadora e coordenada pela Vórtx DTVM.

“Esta é a quinta emissão da Tokenizadora, o que reforça seu propósito de utilizar a tecnologia para simplificar o mercado financeiro e de capitais. O ineditismo da operação é somado aos esforços para seguir inovando no setor e, por isso, a importância de chegarmos ao mercado secundário nesta operação. Estamos preparados para atender as necessidades dos investidores operando em nossa plataforma”, comenta Fernando Carvalho, CEO da Vórtx QR Tokenizadora.

A Tokenizadora já emitiu cerca de R$ 182 milhões em valores mobiliários digitais, ou security tokens como conhecidos em inglês, dos quais 74 mil são debêntures da Salinas Participações, com coordenação do Itaú BBA, no volume de R$ 74 milhões; 60 mil debêntures da Pravaler, no montante de R$ 60 milhões, também com coordenação do Itaú BBA; 40 mil debêntures da Indigo, com coordenação do Santander Brasil, totalizando R$ 40 milhões; e 8 mil cotas de fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) do QR Rispar Crédito Cripto FIDC, lançado pela QR Asset, em uma operação de R$ 8 milhões.

Tokenização

Os outros 2 novos tokens são da Bloxs que pretende lançar Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) tokenizados. Segundo revelou ao Valor, Jéssica Mota, diretora de desenvolvimento de negócios da Blox, as ofertas serão de R$ 3 milhões (CRA) e R$ 1,5 milhões (CRI).

“Nossos próximos lançamentos são títulos de R$ 1,5 milhão a R$ 3 milhões com custo de estruturação muito menor e distribuídos ao investidor de varejo”, afirmou.

Guilherme Danelli, sócio e diretor responsável por operações de crowdfunding da Bloxs, destacou que o processo de tokenização reduz o custo da emissão além de permitir o investimento de pequenos investidores que não teriam como acessar estes produtos.

 “A ideia de tokenização é por uma inovação. Além de sair com as dispensas da resolução 88, a tokenização nos permite dar acesso aos bons investimentos alternativos de todas as plataformas, seja a da Bloxs ou das plataformas de cripto”, finalizou.

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