Ricardo Amorim narra ‘dor de cotovelo’ por não comprar Bitcoin e deixar de lucrar R$ 13,3 bilhões

Economista disse que conheceu a criptomoeda em seus primórdios e que chegou a separar US$ 100 para investir na novidade, mas desistiu com medo de cair em um golpe.

O economista brasileiro Ricardo Amorim agitou os debates cripto esta semana depois que o influencer do mercado financeiro publicou no X um trecho de uma entrevista que ele concedeu em abril ao podcast Os Economistas. Na ocasião, Amorim contou que conheceu o Bitcoin (BTC) logo em seu início, em 2009, e que chegou a separar US$ 100 a fim de investir na novidade.
Ele revelou que acabou desistindo de supostamente adquirir aproximadamente 100.000 BTC por medo de cair em um golpe e “se sentir um imbecil”, receio que o afastou de lucrar cerca de R$ 13,3 bilhões, de acordo com o preço do BTC nesta quinta-feira (28) em comparação com o preço naquela época, menos de US$ 0,001.
 “Quando o Bitcoin surgiu, em 2009, pensei em investir uns US$100, quando ele custava poucos centavos, mas desisti porque achei que era um golpe, que meu dinheiro iria sumir e que eu faria papel de trouxa. Graças a meu medo de me sentir otário, não me tornei bilionário. Adivinhe como me sinto hoje”, escreveu.

Segundo o relato do economista, o Bitcoin tinha acabado de surgir e ele viu todo sentido na proposta por trás da criptomoeda. O que aconteceu após a crise de 2008, decorrente da bolha imobiliária dos EUA e os riscos de uma nova crise, nos moldes da Grande Depressão, de 1929. 
Ele avaliou que o cenário da época forçaria os governos a emitirem papel-moeda, estímulo que resultaria na perda de valor e consequente corrida a metais preciosos, imóveis, terras e outros ativos.
“Criaram uma moeda [Bitcoin] que, pow, a regra de emissão é constante, faz todo o sentido, ideia brilhante, deixa eu ver como é isso aqui. Então tem um cara, que é o Satoshi Nakamoto, quem é esse cara? Não, ninguém sabe, nem se ele existe. Cara, isso é golpe”, contou.
Amorim prosseguiu dizendo que chegou a separar US$ 100 para comprar BTC que “custava US$ 0,01.” Valor que ainda foi superestimado por Amorim, já que o preço inicial do BTC era pouco mais de US$ 0,0007.
“Eu olhei aquele negócio e falei, não, mas é golpe, não vou colocar porque, sabe, sabe o que vai acontecer, eu vou colocar e aí, quando eu perceber que é golpe, vou me sentir um imbecil, imagina como eu me senti de não ter colocado aqueles US$ 100. Acho que valia, não sei quantos milhões, eu prefiro não ver o número certo que vai doer demais”, completou.
As críticas relacionas ao relato de Ricardo Amorim se concentraram na inexistência de um mercado consolidado para a compra da criptomoeda na época, tampouco uma plataforma de monitoramento de preços.
Foi o caso do especialista em criptomoedas Narcélio Filho, que duvidou da história contada por Amorim dizendo:
“Em 2009 não havia mercado com BTC a um centavo”, começou Narcélio, “A única transação registrada foi entre Martti Malmi e NewLibertyStandard. Foi feita no bitcointalk, fórum que, com toda a certeza, este fanfarrão não acessava.” O preço foi menos de 0.001 dólar por Bitcoin.” 

Em outra resposta à publicação do economista, o especialista em criptmoedas disse que “naquela época, 2009, nosso economista apostava no ibovespa a 200 mil pontos. Infelizmente, pra ele e outros farialimers, andou de lado por uma década.”
Apesar das glórias do passado, o Bitcoin caminhava de lado nessa quinta-feira, enquanto as baleias ajudavam uma altcoin rompr US$ 1.500 e um token subia 270% “abraçando” Elon Musk, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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