Fundador do Telegram sugere ‘contrato inteligente no estilo de NFTs’ para leiloar nomes de usuário
“Imagine o sucesso do Telegram com seus 700 milhões de usuários se implementarmos nomes de usuário reservados, links de grupos e canais para leilão”, escreveu o fundador do Telegram.
Pavel Durov, fundador do aplicativo de mensagens criptografadas Telegram, lançou a ideia de um mercado que poderia utilizar “contratos inteligentes do tipo NFT” para leiloar nomes de usuários altamente procurados.
Durov fez a sugestão após o “sucesso” dos leilões de nomes de domínio pela The Open Network (TON), uma blockchain de camada 1 originalmente projetada pela equipe do Telegram. O projeto blockchain lançou o serviço TON DNS, permitindo que os usuários atribuam nomes a carteiras de criptomoedas, contratos inteligentes e sites em meados de julho.
Em uma mensagem para seu grupo pessoal do Telegram chamado Durov’s Channel na terça-feira, ele disse que estava “realmente impressionado com o sucesso do leilão que a TON realizou recentemente para seus nomes de domínio/carteira”.
“Imagine o sucesso do Telegram com seus 700 milhões de usuários se colocarmos @usernames reservados, links de grupos e canais para leilão”, disse ele.
Durov sugeriu que o Telegram poderia explorar uma tecnologia semelhante para lançar um novo mercado que pudesse ser usado para comprar e vender “endereços t.me cativantes como @storm ou @royal, e todos os nomes de usuário de quatro letras:”
“Isso criaria uma nova plataforma onde os titulares de nomes de usuário poderiam transferi-los para as partes interessadas em acordos protegidos – com propriedade garantida no blockchain por meio de contratos inteligentes do tipo NFT.”
“Outros elementos do ecossistema Telegram, incluindo canais, adesivos ou emojis, podem mais tarde também se tornar parte desse mercado”, acrescentou.
Os primeiros leilões no DNS TON foram lançados em 30 de julho e, assim como os domínios “.eth” do Ethereum Name Service (ENS), a variante “.ton” permite que os usuários acessem aplicativos descentralizados de maneira simples, sem precisar digitar um longo seqüência de letras e números de seus endereços de carteira.
A rede TON utiliza a linguagem de programação FunC para a TON Virtual Machine e para lançar contratos inteligentes específicos na blockchain. Se o Telegram lançasse NFTs, eles provavelmente seriam baseados nesse padrão.
Uma integração semelhante provavelmente seria bastante simples para o Telegram, já que Durov e sua equipe desenvolveram o TON, anteriormente conhecido como Telegram Open Network, juntamente com o aplicativo de mensagens em 2018.
“Nossa equipe pode escrever contratos inteligentes à prova de balas para a TON (já que fomos nós que inventamos sua linguagem de contrato inteligente), então estamos inclinados a experimentar a TON como a blockchain subjacente para nosso mercado futuro”, escreveu ele.
O TON foi desenvolvido inicialmente para funcionar como uma plataforma de pagamentos digitais para o Telegram. No entanto, prontamente teve problemas com a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) em relação a uma venda preliminar não registrada de US$ 1,7 bilhão em tokens Gram.
Depois de perder a batalha judicial com a SEC em meados de 2020, Durov se afastou do projeto para se concentrar no Telegram. Desde então, desenvolvedores de código aberto reviveram o projeto sob a bandeira da The Open Network.
A rede TON utiliza um mecanismo de consenso de prova de participação (PoS) e suporta vários recursos, como staking, NFTs e aplicativos descentralizados. De acordo com dados da CoinMarketCap, seu ativo nativo Toncoin (TON) aumentou 14,70% nas últimas 24 horas, chegando a US$ 1,33 no momento da redação.
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