Taurus Armas tem ação mais rentável de 2020 mas ainda fica longe do Bitcoin
Ações da Taurus, fabricante de armas, subiram mais de 170% no Brasil, um bom resultado mas muito longe do Bitcoin que valorizou mais de 400% no Brasil
Uma das ações que mais obteve valorização em 2020 no Brasil foi a da Taurus, fabricante de armas e que aparece na liderança entre as ações que compõem o Índice Small Cap (SMLL).
Desta forma, de acordo com levantamento realizado pelo Yubb, no comparativo entre as 5 ações small caps com melhor desempenho durante o ano, a Taurus aparece em 1º lugar, com valorização de 178,30%.
“As ações das empresas small caps possuem um grande potencial de valorização no momento atual. Em momentos de crise, as grandes empresas costumam ser as principais impactadas, principalmente por suas dimensões. Logo, as small caps podem sofrer menos impacto nas crises, principalmente as mais setorizadas”, explica Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb.
Ainda segundo o executivo, o crescimento da Taurus vem de medidas anunciadas recentemente.
No começo do mês, a empresa afirmou que vai investir R$ 110 milhões em sua fábrica no Rio Grande do Sul para ampliar a capacidade de produção.
Além disso, o Governo Bolsonaro vem anunciando medidas com redução fiscal para o mercado de armas, o que impulsiona a demanda da empresa e, consequentemente, valoriza suas ações.
“Mas vale lembrar que, ao mesmo tempo, o governo federal tentou, sem sucesso, zerar tarifas de importação de armas e isso prejudicou a Taurus e suas ações”, afirma o executivo.
Bitcoin
Porém embora a rentabilidade seja expressiva ela ainda está longe da valorização do Bitcoin no ano que teve mais de 220% de valorização, em seu valor em dólar. Já quando comparado com seu valor em reais, o Bitcoin teve mais de 400% de valorização saindo de R$ 29 mil no início de 2020 para mais de R$ 122 mil no momento da escrita.
Para João Canhada, CEO da Foxbit, essa marca é algo histórico e que revelou mais uma surpresa do Bitcoin em 2020 que não para de quebrar recordes e barreiras.
“Historicamente quem comprou e guardou Bitcoin por 3 anos esteve no lucro, mais uma vez a tese foi provada. Bitcoin encontra nesse 2020 caótico o cenário ideal para superar o ouro e se provar como moeda de reserva global, com todas as qualidades desse ativo é a grande aposta para vencer a inflação e a mão pesada dos governos imprimindo dinheiro para pagar a conta do Covid” revela Canhada.
Ainda segundo Canhada, parte dessa alta é por conta de ter tem muito dinheiro institucional entrando no mercado, mais de 30% de todo dólar em circulação no mundo foi impresso esse ano, investidores estão buscando ativos que possam proteger seu poder de compra, muitas empresas e fundos anunciando publicamente posições em bitcoin, ou futuras compras em larga escala.
“A alta de 2017 foi de pessoas físicas a de 2020 são de pessoas jurídicas (empresas) que estão entrando no mercado de criptomoedas” finaliza.
Armas em ascensão, educação em queda
Já no caso das ações no Brasil, enquanto as armas estão em ascensão, a educação está em queda.
Assim, nas cinco maiores quedas, a IRB Brasil encabeça o ranking, com queda de 79,04%. Houve suspeitas de fraudes em sua antiga diretoria, o que pode ter impactado a queda, porém na segunda e terceira posição estão as empresas de educação.
|
Posição |
Ticker |
Empresa |
Rentabilidade |
|
1 |
IRBR3 |
IRB Brasil |
-79,04% |
|
2 |
COGN3 |
Cogna Educação |
-55,56% |
|
3 |
EMBR3 |
Embraer |
-53,93% |
|
4 |
DMMO3 |
Dommo Energia |
-50,87% |
|
5 |
MEAL3 |
International Meal Company |
-48,69% |
“Além da IRB Brasil, que foi afetada por uma questão interna, nós podemos ver os efeitos da pandemia nesse ranking. No segundo e no terceiro lugar, há small caps de setores diretamente afetados pelo isolamento social: a aviação e a educação. Além disso, a Embraer sofre os impactos do fim da parceria com a Boeing, um acordo bilionário rompido em meio à crise no setor de aviação e na economia global”, conclui Bernardo.
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