Sugestão da Alemanha sobre a criação de um fundo monetário europeu, pode fortalecer o mercado de criptomoedas
A Alemanha, maior economia da Europa, fez um chamado para a criação de um sistema de pagamento independente dos EUA, o que, segundo especialistas, pode ser extremamente positivo para criptomoedas como o Bitcoin.
Ao longo dos últimos meses, países como Irã, Turquia e Venezuela foram duramente atingidos pelas sanções dos EUA, ao serem excluídos do sistema financeiro global.
Esses países hoje encontram dificuldades para iniciar transações com outras nações e estão impedidos de utilizar o sistema bancário internacional.
Em resposta, Heiko Maas, ministro das relações exteriores da Alemanha, há cinco meses servindo no governo de Angela Merkel, propôs alternativas para o continente.
“Por essa razão, é essencial fortalecer a autonomia europeia. Estabelecendo canais de pagamentos que sejam independentes dos EUA, criando o fundo monetário Europeu e construindo um sistema SWIFT independente”.
SWIFT é a sigla para Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais, uma comunidade de cooperativa internacional que conecta instituições pelo mundo para permitir o envio e recebimento de dinheiro.
Ponto para as criptomoedas
Ao longo desse ano, apesar das tentativas de banir o comércio de criptomoedas e ICOs, o Irã recorreu ao ativos digitais para negociar com seus aliados. Além de revelar planos de lançar sua própria moeda.
Mohammad Reza Pourebrahimi, chefe do Comissão Parlamentar de Assuntos Econômicos do Irã (IPCEA), comentou que a Rússia concordou em utilizar redes financeiras descentralizadas, como as criptomoedas, para continuar as negociações com o país do oriente.
O objetivo é contornar o sistema bancário controlado pelos Estados Unidos. Conforme Pourebrahimi destacou:
“Nos últimos dois anos, o uso de criptomoeda se tornou uma questão importante. Essa é uma das boas maneiras de contornar o dólar, bem como uma alternativa ao sistema SWIFT. Eles [autoridades russas] compartilham nossa opinião”.
Atualmente, devido ao controle do governo dos EUA sobre o sistema bancário SWIFT, não é possível para os negócios europeus operarem livremente por seus interesses comerciais.
Por exemplo, o Financial Times informou, nesta semana, que o maior conglomerado de energia da França, Total, teve que abandonar a parceria com um grande projeto de gás iraniano, após ter sido pressionado pelo governo dos EUA que ameaçou corta-lo do sistema bancário.
Hegemonia ameaçada
O chamado de Maas é o primeiro caso, nos últimos anos, de uma grande economia que pede um sistema bancário fora do controle dos Estados Unidos.
Kim Dotcom, empresário desenvolvedor do site de armazenamento em nuvens, Mega, comentou que a saída das economias europeias do atual sistema bancário global é otimista para as criptomoedas.
Para ele, a ação levará a desvalorização do dólar e outras moedas de reserva o que solidificará a posição do Bitcoin e do Ethereum, por exemplo, como um robusto depósito de valor e meio de troca.
“O Ministro da Fazenda da Alemanha propõe um fundo monetário da UE [dizendo] que é pra salvar o acordo com o Irã. Mas é realmente a saída da UE do domínio do dólar. Como eu disse, o USD entrará em colapso. Cmprem criptomoedas e ouro”, comentou ele.
Se o governo dos Estados Unidos perder o domínio sobre os sistemas bancários globais, e mais países optarem por redes financeiras independentes, é provável que as criptomoedas atraiam um grupo maior de investidores, empresas e indivíduos.
Fonte: CCN
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