STF mantém prisão preventiva do presidente da Unick Forex, Leidimar Lopes, argumentando que empresa ‘não passava de fraude’

STF decidiu pela manutenção da prisão preventiva do presidente da Unick Forex, Leidimar Lopes, dizendo que ele traz riscos à investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil decidiu nesta terça-feira, 10 de novembro, pela manutenção da prisão preventiva do presidente da Unick Forex, Leidimar Lopes, que está preso desde outubro depois de uma operação do Ministério Público e a Polícia Federal que fecharam a empresa e prenderam parte de sua diretoria.

Segundo a decisão do tribunal, a liberdade de Leidimar Lopes pode trazer riscos à investigação do MPF, que está em curso e teria constatado que ele seria o chefe de um esquema criminoso que operava oferecendo investimentos em forex e Bitcoin deixou prejuízo de bilhões de reais com a Unick Forex.

“Os elementos probatórios reunidos apontam para indícios consistentes de que Leidimar Lopes é o líder de organização criminosa, estruturada hierarquicamente, com divisão de tarefas, para a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro, dentre outros delitos”.

Na decisão, informa o Portal do Bitcoin, o STF recebeu do MPF um dossiê com toda movimentação financeira feita pelo presidente da Unick Forex entre 2017 e 2018, que segundo o órgão não correspondem às informações prestadas por ele à receita, tendo movimentado mais de R$ 5 milhões no período:

“Declaração de Ajuste Anual 2017/2018, contudo, o investigado informou ter auferido R$ 30.377,00 em rendimentos tributáveis e possuir patrimônio de R$ 450.000,00”.

O MPF teria apreendido apenas R$ 50 milhões em BTC com a Unick Forex, apesar do rombo de R$ 12 bilhões deixado pela empresa. Entre janeiro de 2017 e junho de 2018, a Unick teria movimentado mais de R$ 17 bilhões no crédito e mais de R$ 16 bilhões no débito, mas “com o objetivo de burlar a Receita”, declarou-se optante do Simples Nacional Declaratório.

Também segundo o STF, as empresas associadas à Unick Forex “não passavam de fraude”, reunindo uma série de laranjas para operar o esquema.

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