Stablecoins se beneficiam dos juros baixos latino-americanos
Stablecoins se beneficiam da instabilidade econômica da América Latina. Diversos países do cone Sul estão diminuindo as taxas básica de juros, sendo que alguns deles terão taxas abaixo da inflação. Esse movimento favorece a adoção de stablecoins como proteção contra as economias latino-americanas.
A crise provocada pelo novo coronavírus (COVID-19) está fazendo com que diversos países do mundo reduzam as suas taxas básicas de juros.
Porém, o movimento tem sido particularmente intenso nos países pobres, em comparação com as crises passadas.
Assim, desesperados na tentativa de reavivar a economia, esses países já estão apostando em juros reais negativos.
Vale ressaltar que a estratégia de juros baixos era muito comum aos países desenvolvidos.
Contudo, diante do gigantesco problema que o COVID-19 impõe, algumas nações menos favorecidas estão seguindo pelo caminho das irmãs mais ricas.
De maneira interessante, as stablecoins se beneficiam desse movimento.
Isso é verdade principalmente nos países da América Latina, tendo em vista a instabilidade monetária da maioria dos países da região.
Aliás, lembre-se: é sempre importante conversar com especialistas de mercado para realizar trades que favoreçam o seu portfólio de investimentos.
América Latina e os juros reais negativos
Os juros reais são aqueles que levam em conta a influência da inflação no rendimento.
Assim, quando um país aplica uma taxa de juros que é inferior ao percentual de inflação no mesmo período, ele está, na prática, implementando uma política de juros reais negativos.
Projeção de juros para o final de 2020
Considerando esses fatores, se observa, na prática, que diversos países latino-americanos já estão com juros próximos a zero ou negativos na projeção para o final de 2020:
- Argentina: juros de 35% contra uma inflação de 50%
- Brasil: juros 2,25% contra uma inflação de 2,20% (SELIC atual é de 3,00%)
- Chile: juros de 0,50% contra a inflação de 2,50%
- México: juros de 3,50% contra a inflação de 2,9%
- Peru: juros de 0,25% e inflação de 2,8%
Porém, ressalta-se que os dados acima são baseados em projeções.
Isso acontece porque não é possível saber qual será a inflação real ao final de 2020, tampouco o limite dos juros básicos que será imposto pelos Bancos Centrais.
Juros reais do Brasil ainda são “altos”
Há que se ponderar que, embora o BACEN venha cortando a taxa SELIC durante os últimos anos, a taxa básica de juros reais no Brasil ainda permanece relativamente alta.
Dessa maneira, a informação deriva do ranking elaborado pela Infinity Asset Management:
- 1º México: 3,20%
- 2ºMalásia: 2,30%
- 3ºÍndia: 2,28%
- 4ºIndonésia: 2,23%
- 5ºRússia: 1,79%
- 6ºTurquia: 1,51%
- 7ºÁfrica do Sul: 1,45%
- 8ºSingapura: 0,91%
- 9ºBrasil: 0,91%
- 10ºColômbia: 0,85%
Assim, segue o Ranking dos Juros reais em Maio de 2020:
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