Stablecoins são usadas no envio de doações para vilarejos no Peru
A América Latina é uma das regiões que mais cresce em adoção de criptomoedas, e o uso desses ativos em iniciativas humanitárias pode impulsionar esse movimento
Doações utilizando stablecoins representam um caso de uso que pode impulsionar a adoção de criptomoedas na América Latina. A Poundtoken, emissora da stablecoin GBPT, afirma que as finanças tradicionais estão prejudicando que doações internacionais sejam feitas, e as moedas digitais podem mudar esse cenário.
América Latina em crescimento
Em 2022, a América Latina representou 9,1% do volume movimentado globalmente com criptomoedas. Atingindo US$ 562 bilhões entre julho de 2021 e junho de 2022, a região cresceu 40% no período. Além disso, quatro países latino-americanos estão entre as maiores localidades em termos de adoção de cripto, aponta um relatório da Chainalysis publicado no fim do ano passado.
Os índices de adoção de ativos digitais na América Latina podem receber um impulso através de doações por stablecoins, aponta a Poundtoken. O primeiro ponto positivo sobre auxiliar causas humanitárias utilizando esses tokens é garantir que a totalidade do dinheiro será recebida. Doações através de moedas fiduciárias perdem quase 12% do valor em taxas, aponta um cálculo feito pela empresa.
A parceria entre Poundtoken, Coini e Angeles Unidos En Acción (AUEA) é uma das iniciativas na América Latina utilizando stablecoins em causas sociais. O objetivo é levar doações até tribos indígenas no Peru, utilizando a stablecoin GBPT, emitida pela Poundtoken e pareada com o valor da libra esterlina.
Doações com stablecoins
Os valores são enviados através da stablecoin, e são recebidos no Peru pelas tribos indígenas através da solução desenvolvida pela Coini, que é uma startup peruana.
“Com essa integração, estamos ansiosos para agilizar e facilitar o processo de doação, fazendo com que as comunidades utilizem os valores da melhor forma”, afirma Vivian Valer Molina, da AUEA. Além de reduzir os custos para envio de doações, a Poundtoken ressalta a velocidade das transações com criptomoedas, que são mais rápidas que transações bancárias.
“Ao longo dos anos, eu tenho trabalhado com a AUEA para enviar assistência durante o Natal aos necessitados no Peru. Os esforços eram prejudicados, porém, pelas altas taxas de envio e flutuações cambiais. Estou feliz em usar a blockchain para remover barreiras e ajudar quem mais precisa”, diz Christian Walker, Head de Parceriais da Poundtoken.
A emissora da stablecoin GBPT conclui afirmando que, caso a parceria firmada com Coini e AUEA seja bem-sucedida, o plano é ajudar outras organizações não-governamentais na América Latina.
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