SOL despenca mais de 50% e analista alerta que ‘há risco real de morte’ da Solana

Momento de incerteza vivido pela Solana pode fortalecer seus concorrentes lançados no mercado cripto recentemente

A Solana (SOL) registra uma queda de 57,4% nos últimos sete dias. Trata-se de um declínio muito maior do que os outros grandes criptoativos em valor de mercado registraram no mesmo período. Em comparação ao Ethereum (ETH), por exemplo, a queda do SOL é 150% maior.

Investidores agora se perguntam se esse é o fim da Solana. Um dos analistas ouvidos pelo Cointelegraph Brasil diz que há um risco real de que isso aconteça.

A queda do SOL

A performance negativa do SOL na última semana se dá em razão da proximidade do criptoativo com a Alameda Research, na avaliação de Ayron Ferreira, analista-chefe da Titanium Asset. Ferreira afirma que a Alameda, além de ser o pivô da crise da FTX, foi uma das grandes investidoras da Solana.

A proximidade entre o fundo de hedge e a Solana, contudo, não foi a única causa por trás da queda. O analista-chefe da Titanium comenta que a presença de US$ 1,16 bilhão em SOL no balanço da Alameda criou um temor de que esses ativos fossem despejados no mercado. Esse movimento, por si só, foi suficiente para que investidores entrassem em pânico e se desfizessem de seus saldos em SOL.

É o fim?

A comunidade de desenvolvedores e investidores da Solana é conhecida por ser engajada e fiel ao projeto. Nem mesmo as cinco vezes em que a rede ficou fora do ar foram suficientes para acabar com o projeto. Desta vez, porém, há um “risco real” de que a Solana não sobreviva, na visão de Lucca Benedetti, analista do MB Research.

“Esse risco [de fim da Solana] existe, ele não é nulo. A causa disso é o envolvimento da FTX, e principalmente da Alameda, envolvidos com muitos projetos de DeFi que estavam na Solana”, diz Benedetti.

Apesar da possibilidade de fim da Solana, o analista aponta que há uma chance muito maior de que, caso a situação chegue em um ponto crítico, a Solana seja salva. “Não é a mesma coisa que salvar uma empresa, como a FTX. É muito mais atrativo salvar um ecossistema já feito.”

Ayron Ferreira, da Titanium Asset, posiciona-se de forma semelhante. “O que contribui para que a Solana se mantenha viva é que ela possui uma comunidade ativa e engajada, que incentiva o desenvolvimento da plataforma”, afirma Ferreira. Ele também cita como ponto positivo o fato de Anatoly Yakovenko, CEO da Solana Labs, garantir que o projeto não tinha exposição à FTX.

Em suma, ambos os analistas concordam que, ainda que o risco de colapso não seja negligenciável, há uma chance de que a Solana consiga sobreviver a esse período turbulento.

Oportunidades para os ‘Solana Killers’

Aptos e Sui são dois projetos que ganharam popularidade este ano. Ambos os projetos são criados por ex-funcionários do Meta, antigo Facebook, e se vendem como ‘Solana Killers’. Assim como no caso dos ‘Ethereum Killers’, a ideia é que esses dois projetos farão o que a Solana já faz, mas com o diferencial de maior eficiência.

Lucca Benedetti, do MB Research, acredita que a narrativa desses projetos ganha tração com o enfraquecimento da Solana. “A narrativa de Solana Killer não vingava antes por conta da força do ecossistema da Solana. Isso muda com o enfraquecimento da rede, ou até mesmo sua eventual morte, já que uma migração de desenvolvedores e usuários é provável.”

Os concorrentes da rede do criptoativo SOL “com certeza” se beneficiam desse momento de estresse, avalia Ayron Ferreira, da Titanium Asset. Caso a Solana sobreviva a esse momento de incerteza, contudo, ela pode voltar ainda mais forte. “Caso o protocolo consiga passar por mais esse momento difícil, será muito positivo para mostrar a resiliência do projeto e da comunidade, em meio às adversidades históricas já enfrentadas.”

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