Seguranças da BWA tentam impedir mandado de busca e polícia é chamada para garantir apreensão

Um mandado de busca e apreensão emitido contra a empresa BWA, na última segunda-feira (3), em Santos (SP), encontrou dificuldades para ser concretizado e necessitou de ajuda policial.

A busca foi autorizada pela Justiça ainda na sexta-feira (31). No momento da chegada do oficial de justiça, apenas cinco funcionários estavam presentes nas instalações: dois seguranças, uma recepcionista, um preposto e um advogado do grupo, Pedro Henrique Andrade da Silva.

Os seguranças da BWA tentaram impedir que o oficial de justiça vasculhasse uma das salas ocupadas pela empresa. O advogado Rodrigo Oliveira Staut, que acompanhou a ação, contou que o mandado só foi cumprido efetivamente mediante reforço da Polícia Militar.

A partir do mandado, foram apreendidos da sede itens de mobiliário, como mesas de reunião, cadeiras, dois televisores e carpetes. Os cerca de 60 computadores que estavam nas instalações antes da crise já tinham sido removidos antes de 16 de dezembro passado, quando ocorreu ação semelhante na BWA.

“Eles já estavam removendo tudo da empresa desde antes de 16 de dezembro”, afirmou Staut, lembrando que o oficial de justiça flagrou um funcionário da BWA tentando levar um dos televidores da sede.

A BWA chegou ainda a pedir reconsideração do mandado antes de sua execução, o que foi negado pela Justiça.

Inadimplente, BWA tem bens levados de escritório por clientes que sofreram calote
Inadimplente, BWA tem bens levados de escritório por clientes que sofreram calote.
(Foto: Portal do Bitcoin)

Inadimplente e sujeita a despejo

A empresa, que prometia investimentos em criptomoedas com retornos sempre positivos e mirava um público com alto poder aquisitivo, não paga seus investidores desde novembro passado.

Levantamento feito pelo Portal do Bitcoin aponta que, até 15 de janeiro, a BWA respondia a 110 ações somente na Justiça de São Paulo, que totalizam R$ 32.417.790,10.

Algumas das ações que correm no Judiciário em relação à BWA incluem a NegocieCoins, exchange do Grupo Bitcoin Banco, e a BAT Exchange.

Além de não pagar clientes, a BWA está inadimplente com o aluguel da sede, que ocupa sete salas no 13º andar do mais importante prédio comercial de Santos, no bairro Aparecida.

A dívida com a Imobiliária Praiamar Corporate já passa de R$ 80 mil e deixa a empresa sujeita a uma ação de despejo do imóvel.

Passado que condena

A BWA tem como proprietária o empresário Paulo Bilibio, que ficou conhecido por ter sido sequestrado por um grupo de policiais civis e ter tornado a história pública no ano passado.

Muito antes disso, porém, ele se envolveu uma das maiores pirâmides financeiras da história do Brasil, a Bbom, da qual foi um dos maiores divulgadores.

Bilibio diz ainda ter um total de R$ 163 milhões retidos junto ao Grupo Bitcoin Banco, com o qual a BWA mantinha uma relação nebulosa. A empresa administradora da recuperação judicial do conglomerado, no entanto, diz que a dívida é bem menor, de R$ 6,9 mi.

Segundo informação do próprio Bilibio à polícia, o dono da BWA atualmente vive na Flórida, nos Estados Unidos. Outros sócios da empresa que ainda residem no Brasil estão proibidos pela Justiça de deixar o país.


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