Empresa de segurança constrói ‘criptobunker’ em SP para proteger carteiras de hardware de criptomoedas

Prosegur informou que o esquema de segurança possui 115 medidas distribuídas por seis camadas.

A empresa global de transporte de valores Prosegur informou que vai inaugurar em São Paulo (SP) uma espécie de “bunker” destinado a custodiar carteiras de hardware de criptomoedas, as hardware wallets. O serviço, segundo noticiou o Valor, tem como público-alvo empresas que queiram manter suas criptomoedas seguras e desconectadas da internet.

Segundo a publicação, o “criptobunker” da Prosegur, que já possui uma unidade desse tipo na capital espanhola de Madrid, terá um processo que envolve 115 medidas de segurança, distribuídas em seis diferentes camadas.

O que envolve uma sala desconectada da internet e com uma maleta transportável somente por escolta armada e por pessoas autorizadas, de acordo com informações de José Ángel Fernández Freire, diretor corporativo de inovação e presidente da Prosegur Crypto.

O executivo acrescentou que a instalação terá monitoramento 24 horas durante os sete dias da semana e revelou que, em caso de tentativa de invasão, há previsão de acionamento de dispositivos de segurança que incluem um gerador de neblina densa que cobre o espaço em 30 segundos.

Fernández disse ainda que a escolha do Brasil está relacionada à clareza regulatória do mercado de criptomoedas no país ao enfatizar que a segurança jurídica favorece a tokenização de ativos pelas entidades financeiras, que representam os potenciais clientes da Prosegur.

O representante da empresa lembrou que a Prosegur é do tipo B2B (business to business) e que, por isso, não tem acesso ao cliente final pessoa física. Ángel Fernández também ressaltou que a empresa de segurança já pratica segregação patrimonial, o que, segundo ele, garante que a custodiante não fará nada com os criptoativos em seu poder.

Ele informou que a empresa pretende atender todos os requisitos infralegais determinados pelo Banco Central, regulador das criptomoedas no Brasil, além de requisitos impostos pela Justiça e pela Polícia Federal.

Apesar de o criptobunker de Madrid custodiar atualmente as criptomoedas não governamentais, como Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e sablecoins como o Tether (USDT), o executivo declarou que a empresa aposta na abertura desse leque no Brasil, em função da expansão do mercado de tokenização e do avanço do Drex, a versão brasileira de moeda digital emitida por banco central (CBDC, na sigla em inglês).

Em maio, a Prosegur Crypto anunciou uma parceria com a Minos Global, especializada na prestação de serviços em criptoativos, voltada ao lançamento de uma plataforma integrada de compra e custódia de Bitcoin e altcoins, com foco em clientes institucionais, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

LEIA MAIS:

Você pode gostar...