SEC chega a ‘acordo em princípio’ para resolver caso de insider trading do gerente de produto da Coinbase
Tanto Ishan quanto Nikhil Wahi se declararam culpados de acusações criminais de informações privilegiadas depois de serem presos pelas autoridades dos EUA em julho de 2022.
A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos está avançando com uma resolução para o caso contra um ex-gerente de produto da Coinbase Global acusado de insider trading.
Em um processo de 3 de abril no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Oeste de Washington, a SEC disse que chegou a “um acordo de princípio” com Ishan Wahi. O ex-funcionário da Coinbase – junto com seu irmão Nikhil Wahi e o associado Sameer Ramani – supostamente usou informações confidenciais que obteve da exchange cripto para lucrar com novas listagens de tokens, totalizando mais de US$ 1 milhão.
“Qualquer acordo recomendado pela equipe da SEC deve ser revisado dentro da SEC e aprovado pelos comissários da SEC antes de ser submetido ao Tribunal para aprovação, um processo que pode levar várias semanas”, disse o documento.
As autoridades prenderam Ishan e Nikhil em julho de 2022 – supostamente tentando voar para a Índia – e os dois irmãos posteriormente se declararam culpados de acusações criminais paralelas de informações privilegiadas. De acordo com o processo de 3 de abril, a SEC estava envolvida em “discussões de boa fé” com Nikhil, que foi condenado a 10 meses de prisão em janeiro.
O caso contra os irmãos Wahi foi um dos primeiros envolvendo negociação com informações privilegiadas de uma importante bolsa de criptomoedas dos EUA antes que plataformas como FTX e Celsius declarassem falência. A reclamação original alegou que Ishan teve acesso a informações sobre a listagem de criptomoedas em exchanges controladas pela Coinbase em seu cargo de gerente de produto de agosto de 2021 a maio de 2022. Ele então passou essas informações para seu irmão ou Ramami para investir nos tokens antes que a listagem da Coinbase causasse um salto de preço.
Notável no contexto da repressão da SEC às criptomoedas, o caso viu o regulador rotular nove dos tokens como “títulos de criptoativos” sob sua alçada. Posteriormente, a SEC emitiu um Wells notice – alertando sobre uma possível ação de execução – para a própria Coinbase em março. O diretor jurídico da bolsa, Paul Grewal, disse que o aviso veio apesar de muitas discussões com representantes da SEC.
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