SEC investiga parceiros da Binance US

O regulador financeiro parece estar em pé de guerra em relação aos ativos digitais e começou a investigar duas empresas comerciais afiliadas à filial americana da maior exchange de criptomoedas do mundo.

De acordo com o Wall Street Journal, citando pessoas familiarizadas com o assunto, a SEC está investigando a Sigma Chain AG e a Merit Peak Ltd., formadores de mercado na exchange Binance.US.

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O texto de terça-feira (15) acrescentou que o regulador está preocupado com a forma como a Binance divulgou seus vínculos com as duas tradings. A exchange afirma que os formadores de mercado podem negociar em sua plataforma, mas não especifica quais.

Ligação com CZ

O relatório acrescentou que documentos corporativos desde 2019 ligam as duas empresas ao CEO da Binance, Changpeng Zhao (CZ), que as controlava no final do ano passado.

O porta-voz da Binance, Stephen Milton, disse que, como empresa privada, não precisa divulgar detalhes de seu investidor ou estrutura corporativa antes de acrescentar, “no entanto, essas informações são compartilhadas com os reguladores quando solicitadas”.

A SEC precisaria ter jurisdição sobre alguns dos ativos que a Binance.US totalmente regulamentada ofereceu para impor a execução. O regulador rotulou repetidamente muitas criptomoedas como títulos, embora uma estrutura formal que as declara como tal ainda não foi divulgada, levando a mais confusão e percepções errôneas no setor.

No final de 2020, a SEC intimou a Binance.US exigindo detalhes sobre quem a controlava, como ela ganhou dinheiro, quais divulgações ela fez aos clientes e como ela se vinculou à exchange global da Binance que não se enquadra na jurisdição do regulador.

SEC em guerra com os criptoativos

O regulador financeiro dos EUA também tem um grande problema com plataformas de empréstimos financeiros descentralizados. A SEC tomou medidas de execução contra quase 100 empresas de criptomoedas, principalmente em nome da proteção do investidor.

O caso de destaque mais recente foi a multa de US$ 100 milhões aplicada à plataforma de empréstimos de finanças descentralizadas (DeFi) BlockFi. A SEC acusou a plataforma de oferecer títulos não registrados e observadores do setor estão preocupados que a ação possa encerrar os produtos de empréstimo DeFi para comerciantes de varejo.

A SEC também pode ir atrás da plataforma Wonderland DeFi em apuros após o recente imbróglio envolvendo os controladores de seu tesouro e Valor Controlado por Protocolo (PCV). Especialistas do setor alertaram que isso daria aos formuladores de políticas a desculpa perfeita para atacar o DeFi com restrições e regulamentações pesadas.

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