Polícia de SC prende suspeitos de fazerem família refém para extorquir R$ 1,2 milhão de empresário, incluindo criptomoedas
Operação Blockchain cumpriu sete mandados de prisão temporária no Brasil e na Argentina e quatro mandados de busca e apreensão.
A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Itajaí (SC), deflagrou esta semana a Operação Blockchain com objetivo de cumprir oito mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão, ação que resultou na prisão de sete pessoas.
Os investigados estariam envolvidos em um crime praticado em janeiro, quando três indivíduos armados invadiram a residência de um empresário na Praia Brava, Itajaí. Na ocasião, eles renderam a vítima, seus familiares e funcionários, que ficaram durante três horas sob o poder dos criminosos. O empresário acabou forçado a realizar transferências em criptomoedas, entregar joias, aparelhos eletrônicos e dinheiro em espécie, no total de R$ 1,2 milhão.
A PCSC informou que rastreou as transações em blockchain e identificou que os valores subtraídos do empresário foram pulverizados em diversas carteiras de criptomoedas e enviados para a Argentina e o Peru. As determinações judiciais da Operação Blockchain também incluíram a decretação de sequestro de R$ 1,2 milhão em exchanges de criptomoedas e no sistema bancário, além de apreensão de aparelhos eletrônicos.
O inquérito policial conseguiu identificar três núcleos de atuação, um deles responsável pela execução do ataque às vítimas; outro de coordenação, composto por três pessoas que teriam feito o levantamento de informações, organizaram a empreitada e cooptaram os demais partícipes; e um terceiro núcleo, composto por duas pessoas, que teriam operacionalizado as transferências dos valores em criptomoedas.
Na quarta-feira (4), dois suspeitos foram capturados em Buenos Aires, capital da Argentina, onde teriam fixado residência. Nesse caso, a ação foi integrada com a Interpol, Ministério da Justiça, Polícia Federal (PF) e a Polícia Federal da Argentina. No dia seguinte, uma ação integrada com a Polícia Civil de Sergipe (COPE e DIPOL) prendeu na cidade de Ituporanga D’Ajuda, interior daquele estado, um integrante do núcleo financeiro do grupo.
Dois integrantes do núcleo de coordenação já se encontravam presos em Santa Catarina por crimes de participação em roubo a banco enquanto um dos executores do crime na casa do empresário se encontrava custodiado por outro roubo a residência. Os três tiveram os novos mandados de prisão cumpridos pela investida na casa do empresário.
De acordo com a polícia, um segundo integrante do núcleo de execução foi capturado em sua residência em Balneário Camboriú (SC) enquanto o terceiro estava foragido.
Os presos foram encaminhados ao Sistema Penitenciário, onde ficam à disposição da Justiça. Eles respondem pelos crimes de roubo qualificado e extorsão qualificada. O Inquérito Policial deverá ser finalizado em até 30 dias.
No final de setembro, a Polícia do DF desarticulou uma quadrilha de pastores que prometiam ganhos de até ‘350 bilhões de “centilhões de euros”, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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