SBF busca investigar o papel dos advogados da FTX em empréstimos de US$ 200 milhões da Alameda
A equipe jurídica de Sam Bankman-Fried busca permissão para interrogar Gary Wang sobre o envolvimento dos advogados da FTX nas aprovações de empréstimos da Alameda.
A equipe jurídica de Sam “SBF” Bankman-Fried está buscando permissão para investigar o suposto envolvimento dos advogados da FTX na emissão de US$ 200 milhões em empréstimos da Alameda Research que foram aprovados por Gary Wang.
Conforme relatado anteriormente na preparação para o aguardado julgamento, uma decisão judicial de 1 de outubro proibiu provisoriamente Bankman-Fried de atribuir culpa aos advogados da FTX supostamente envolvidos na estruturação e aprovação de empréstimos entre Alameda e FTX.
O juiz dos Estados Unidos, Lewis Kaplan, concedeu o pedido do governo e determinou que a equipe jurídica de Bankman-Fried teria que solicitar permissão para mencionar o envolvimento dos advogados da FTX ao longo do julgamento.
Após o interrogatório inicial do ex-cofundador da FTX, Gary Wang, pela acusação em 9 de outubro, a defesa agora está buscando permissão para questionar Wang sobre o suposto envolvimento dos advogados da FTX na estruturação de empréstimos emitidos para a FTX pela Alameda.
Uma carta protocolada em 9 de outubro destacou o questionamento do governo a Wang sobre uma série de empréstimos pessoais no valor de até US$ 300 milhões da Alameda que a FTX usou para financiar investimentos em empreendimentos. Wang também usou parte dos fundos para comprar uma casa nas Bahamas.
Durante a linha de questionamento da acusação, Wang afirmou que Bankman-Fried ou os advogados da FTX lhe apresentaram empréstimos que ele foi orientado a assinar.
Os advogados de Bankman-Fried argumentam que a acusação já estabeleceu que os advogados da FTX estavam presentes e envolvidos na estruturação e execução dos empréstimos, e eles pretendem realizar seu próprio questionamento sobre a extensão de seu envolvimento.
A defesa acrescenta que poderia potencialmente introduzir notas promissórias que registraram os empréstimos a Wang, que já indicou à acusação em reuniões preliminares que não suspeitava que os advogados da FTX o coagiriam a assinar acordos ilegais:
“O entendimento do Sr. Wang de que esses eram empréstimos reais – estruturados por advogados e registrados em notas promissórias formais que impunham obrigações reais de pagamento de juros – é relevante para refutar a inferência de que esses eram simplesmente empréstimos fictícios direcionados pelo Sr. Bankman-Fried para ocultar a origem dos fundos.”
Ana Paula Pereira, jornalista do Cointelegraph, está no local em Nova York cobrindo o julgamento de Bankman-Fried. Seu último relato do Tribunal Federal do Distrito em Manhattan destaca os esforços da defesa para retratar Bankman-Fried como um jovem empreendedor que cometeu erros no meio do rápido crescimento da FTX e da Alameda.
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