Polícia de Santa Catarina encontra equipamentos de mineração em posse de quadrilha do jogo do bicho

Operação ‘Deu Zebra’ encontrou, pelo menos, dez placas de vídeo em central construída pelos acusados dentro de um banheiro.

Pelo menos 10 placas de mineração de criptomoedas foram apreendidas na última quinta-feira (12) pela Polícia Civil de Santa Catarina durante a operação “Deu Zebra”, com objetivo de combater o crime de lavagem de dinheiro e bloquear o patrimônio de um grupo criminoso acusado de explorar jogos de azar na região da Grande Florianópolis. 

Pelo menos 10 placas foram apreendidas. Foto: Divulgação/PCSC

Pelas imagens divulgadas pela polícia, a central de mineração se encontrava em funcionamento dentro de um banheiro em uma casa onde aconteceu a ação e os equipamentos teriam sido adquiridos com a exploração do jogo do bicho.

Central de mineração foi encontrada dentro de banheiro. Foto: Divulgação/PCSC

Deflagrada por intermédio da Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro (DLAV) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/PCSC), a operação cumpriu nove mandados de busca e apreensão, além do sequestro e indisponibilidade de 18 imóveis e 19 veículos, que totalizam aproximadamente R$ 20 milhões.

A investigação apontou que integrantes de um grupo criminoso responsável pela exploração das bancas de jogos de azar, há décadas, ostentavam histórico policial relacionado ao jogo do bicho, cuja atividade é extremamente lucrativa, investiam os recursos provenientes da atividade delituosa na aquisição de bens de luxo em nome de ‘laranjas ou testas de ferro’ e movimentam grande quantidade de valores proveniente de suas atividades ilícitas.

As medidas judiciais que foram deferidas visam sufocar financeiramente a atividade delituosa, com a apreensão e indisponibilidade de ativos que foram identificados a partir da análise de dados coletados, pesquisas em diversas bases, além de documentos e demais materiais apreendidos em central de jogo identificada pela Polícia Civil, disse o comunicado.

De acordo com a polícia, as investigações começaram em 2021 a partir da apreensão de grande quantidade de dinheiro, em poder do suposto líder do grupo em uma central localizada no Bairro Capoeiras, em Florianópolis. 

No início de maio, a Polícia Federal cumpriu três mandados de prisão temporária e oito de busca e apreensão em cidades de Santa Catarina e São Paulo durante a “Operação Quéfren” para desarticular uma quadrilha de cerca de 20 integrantes, suspeita de lesar aproximadamente 120 pessoas por meio de esquema Ponzi (pirâmide financeira) envolvendo criptomoedas. O que teria totalizado um prejuízo aproximado de R$ 15 milhões às vítimas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

 

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