Saída de Moro Mostra Força do Bitcoin Contra Crises

O pedido de demissão de Sérgio Moro do governo Bolsonaro caiu como uma bomba no mercado. O real desvaloriza fortemente frente às principais moedas fiduciárias. O dólar já supera R$ 5,70 e o Euro passa de R$ 6,15. Já a Ibovespa chega próximo ao circuit breaker com queda de mais de 10%. Ações de bancos também despencam próximo de 10%.

No entanto, ao menos um ativo pode estar ajudando a segurar o portfólio dos investidores: o Bitcoin. Apesar de uma pequena queda entre a máxima do dia anterior e o começo do dia de sexta-feira (24), o BTC se manteve estável e até valorizou ao longo do dia. No Mercado Bitcoin, a criptomoeda saiu de R$ 41.600 para a casa dos R$ 41.900. Após o anúncio de Moro, a criptomoeda já passava de R$ 42.300.

Para alguns analistas, o Bitcoin vem provando que pode ser um ativo independente. Segundo Gregory Klumov, CEO da emissora de stable coin Stasis, o histórico do BTC indica uma volatilidade menor em decorrência de flutuações de moedas de mercados emergentes, como o real.

“Acredito que o BTC continuará a ganhar força como um ativo não correlacionado e a se tornar um membro genuíno da classe de ativos de alternativas líquidas”.

Países Vizinhos Reforçam Tendência do Bitcoin

O Bitcoin vem cada vez mais sendo procurado na Argentina. O país, que vive seguidas crises desde o final dos anos 1990, tem economia fortemente dolarizada. Por isso, as altas constantes da moeda americana teriam feito com que as criptomoedas ganhassem valor.

Segundo um levantamento da firma Arcane Research divulgado na quinta-feira (23), o volume de Bitcoin comprado com pesos argentinos na corretora LocalBitcoins aumentou 1028% em dois anos. No mesmo período, a compra com dólar aumentou 139%. A movimentação em BTC foi a 407%.

O estudo aponta que a tendência tem ligação com a inflação da moeda fiduciária. Dessa forma, ao investir no Bitcoin, investidores estariam buscando proteção contra medidas do governo para tentar ajustar as contas do país.

Além disso, no Chile, a compra de Bitcoin chegou ao recorde de 330 milhões de pesos chilenos na mesma exchange. Apesar da maior procura ao criptomercado em meio à pandemia, o movimento também teria relação com o enfraquecimento da economia. Vale lembrar, o cenário no país é de desvalorização da moeda, assim como no Brasil.

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