Pesquisa revela que quase 10% da população brasileira tem Bitcoin ou alguma criptomoeda

Pesquisa da startup de Web3, Cryptum, revelou que quase 10% da população brasileira possui algum tipo de criptomoeda

Para entender ainda mais o cenário da blockchain no Brasil no ponto de vista do consumidor e empresarial a startup de Web3, Cryptum, realizou uma pesquisa e elaborou um relatório que ajudam a visualizar as potencialidades e obstáculos para implementação e utilização dessa tecnologia.

Disponível para download no site da Cryptum, o relatório é baseado no mapeamento de movimentações recentes tanto de grandes companhias privadas quanto do próprio governo brasileiro em direção à Web3, e também nos resultados de duas pesquisas junto a consumidores e tomadores de decisão em empresas do setor financeiro.

O relatório relata que quase 8% da população brasileira possui algum tipo de criptomoeda, o que coloca o país como líder no assunto na América Latina e o sétimo maior no mundo.

Além disso, o documento salienta os avanços em torno do Real Digital, previsto para o final de 2024, e o marco regulatório do setor cripto recentemente aprovado pelo governo brasileiro. A normativa tem como objetivo criar regras para a governança desse tipo de atividade no país, bem como para prevenir e punir eventuais fraudes.

Além dos diversos anúncios feitos por grandes empresas do mercado financeiro e de outros setores que atuam com blockchain, o relatório cita as movimentações do Banco Central do Brasil para fomento à inovação no setor.

O destaque vai para Lift Challenge, programa no qual diferentes empresas desenvolvem e lançam soluções para o sistema financeiro nacional, inclusive com uso de blockchain.

“O tamanho que a adoção de criptoativos já alcançou no Brasil e os esforços tanto do governo quanto do setor corporativo são exemplos suficientes do grau de maturidade que a temática de cripto e blockchain alcançou no Brasil. E isso abre um universo de possibilidades para empresas, consumidores e também para os formuladores de políticas não apenas econômicas, mas também sociais e jurídicas “, observa André Salem, CEO da Cryptum no Brasil. 

Obstáculos e caminhos para a inovação

Apesar dos movimentos recentes do governo brasileiro e de grandes empresas no país em direção à Web3, o cenário para implementação de tecnologias inovadoras no Brasil ainda apresenta barreiras diversas tanto por parte do setor empresarial quanto do consumidor.

Uma das pesquisas¹ da Cryptum foi realizada com mais de mil consumidores residentes no Brasil e apontou que 84% deles acreditam que o investimento em blockchain e web3 deve permitir que as empresas forneçam produtos e serviços personalizados e adaptados às suas necessidades.

Por outro lado, 51% dos consumidores concordam parcial ou plenamente que não sabem o suficiente sobre blockchain e Real Digital.

Ao mesmo tempo, a outra pesquisa², desta vez feita com mais de cem líderes profissionais (C-level, diretores, gerentes, etc) do setor financeiro, identificou que mais da metade (51%) dos tomadores de decisão de empresas do setor financeiro admitem falta de preparo para implementar blockchain em um futuro próximo.

Sobre o Real Digital, 35% desses representantes disseram já ter ouvido falar do assunto, mas que ainda não entenderam como será o funcionamento na prática, enquanto outros 28% expressaram descrença quanto à sua implementação.

Dentre os obstáculos citados pelas empresas estão as dificuldades quanto em compreender o funcionamento dessas tecnologias para seus negócios. Ao todo, 81% desses entrevistados concordaram parcial ou totalmente que há uma dificuldade em encontrar pessoas qualificadas no mercado para trabalhar com blockchain.

Ao mesmo tempo, 65% disseram que suas empresas não fazem o suficiente para se preparar para tecnologia blockchain/Web3, justamente pela falta de conhecimento e de profissionais qualificados para essa tarefa. 

“Existe um claro descompasso entre o anseio do consumidor no Brasil e a capacidade das empresas em responder a ele. Embora as companhias tenham ciência do potencial de inovação que blockchain traz consigo, elas encontram dificuldades tanto para entender sua aplicação quanto para contratar profissionais capacitados. Diante desse cenário, a educação é o caminho a ser tomado, seja para esclarecer o público sobre blockchain e outras tecnologias, seja para formar mão de obra qualificada, oferecer ferramentas de aceleração, e tornar o terreno ainda mais propício para receber inovação”, salienta o CEO da Cryptum.

Salem acrescenta ainda que os dados levantados pelas duas pesquisas devem ser encarados como uma oportunidade de inovação, gerando produtos e serviços aptos a resolver dores de consumidores e também do meio empresarial e governamental. 

Confira o relatório completo

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