Co-fundador da Rappi se une a artistas para lançar coleção de NFTs focada na presevação da Amazônia

invert pretende criar primeiro metaverso conectado a florestas tropicais reais e utilizará os NFTs para fomentar uma nova forma de desenvolvimento econômico da região amazônica.

Empresa de tecnologia fundada por Andres Bilbao, co-fundador da Rappi, a invert foi criada para desenvolver soluções de conservação das florestas e biomas via tokenização e tecnologias descentralizadas e a primeira iniciativa da startup tem lançamento previsto para 15 de novembro.

A coleção de arte NFT New Eden, que reúne obras de 20 artistas, tem como objetivo a conservação de 26 mil hectares da floresta amazônica. Os colecionáveis foram criados não apenas por personalidades ligadas ao universo cripto, mas também por nomes consolidados no circuito tradicional de museus e galerias de arte. A coleção será comercializada através do marketplace OpenSea.

Sunrise over the Amazon River by Buitrago. Fonte: invert

De acordo com o comunicado divulgado à imprensa, a coleção apresenta os primeiros ativos digitais que contribuem para a conservação de florestas e ao mesmo tempo oferecem recompensas aos seus detentores. 

O processo funciona da seguinte forma: a empresa adquire lotes de terra em áreas florestais que são atreladas a NFTs. Na venda inicial de um NFT da coleção, 50% do lucro arrecadado é destinado à invert para ser aplicado em projetos de conservação e aquisição de terras. A outra metade é destinada aos artistas. Nas revendas subsequentes no mercado secundário, os artistas e invert dividem igualmente 10% do valor arrecadado. 

Os fundos arrecadados pela startup serão utliizados para promover iniciativas de manejo sustentável das áreas protegidas em colaboração com as comunidades locais, fomentando a bioeconomia da região.

Metaverso ecológico

Futuramente, a invert vai permitir que os detentores dos NFTs possam monitorar e interagir com o ecossistema amazônico através do “primeiro metaverso conectado a florestas tropicais reais”. Ainda em 2021 a invert vai divulgar o white paper do metaverso, que inclui a criação de uma plataforma de jogos “play-to-earn“.

Os NFTs constituem a base econômica do projeto, permitindo que qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, contribua ativamente para a preservação ambiental. À medida que os tokens não fungíveis são negociados, potencialmente crescem também as áreas de conservação, afirmam os criadores da invert.

A iniciativa da startup busca subverter a lógica de que o desenvolvimento econômico é incompatível com a preservação florestal, criando novos produtos financeiros capazes de engajar um público amplo e, principalmente, provar que a manutenção da integridade de biomas nativos áreas gera muito mais valor do que áreas devastadas, ainda que para fins produtivos, como a agricultura e a pecuária. 

De acordo com dados divulgados pela empresa, somente o ecossistema amazônico contribui com US$ 8,2 bilhões por ano à economia brasileira. Ao passo que o desmatamento causa prejuízos diretos e indiretos anuais da ordem de US$ 1 bilhão. Além, é claro, de agravar a crise climática e seus efeitos colaterais.

 A iniciativa da invert é mais um projeto da nascente indústria cripto brasileira que se soma a projetos como o da Moss para preservação do meio ambiente. Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, a Moss já destinou mais de R$ 100 milhões em recursos provindos da comercialização do MCO2 a projetos de sustentabilidade desenvolvidos na Amazônia. O token equivale a uma tonelada de gás carbônico que deixa de ser emitida na atmosfera através da digitalização de créditos de carbono.

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