Promotoria pede 10 anos de prisão para o Ex CEO da Mt. Gox
Segundo foi informado hoje pelo jornal japonês Nikkei, o ex-CEO da falida exchange de bitcoin japonesa, Mt. Gox, pode passar dez anos na prisão.
Mark Karpeles, que presidiu durante a grande invasão da Mt. Gox em 2014, que resultou na perda de 850.000 BTC (aproximadamente 2,87 bilhões de dólares), negou repetidamente qualquer delito. Embora não esteja ligado ao hack em si, Karpeles atraiu a atenção das autoridades na investigação de como a Mt. Gox perdeu tanto dinheiro.
O executivo está atualmente confinado no Japão como condição de sua fiança, acusado de ter roubado fundos no valor de 340 milhões de ienes (3 milhões de dólares) para uso pessoal. De acordo com a acusação judicial, ele teria transferido esse valor dos fundos dos clientes da Mt. Gox para sua conta pessoal durante setembro-dezembro de 2013. A promotoria pede uma sentença de dez anos de prisão para o executivo.
Ele frequentemente protestou contra sua inocência e publicamente apelou para os comerciantes afetados, falando com pesar dos eventos. Em abril deste ano, ele pediu desculpas pela falência da empresa e declarou:
“Eu nunca imaginei que as coisas terminariam dessa maneira e estou sempre arrependido de tudo que aconteceu e de todo o efeito que isso teve sobre todos os envolvidos.”
De acordo com o Nikkei, Karpeles negou que hackou e roubou dinheiro por conta própria, assim como nega a manipulação de dados da Mt. Gox e o uso de fundos desviados para pagar aluguel de imóveis, móveis e aquisições de negócios.
Mt. A Gox entrou oficialmente em processo de liquidação em abril de 2014, após alegar ter sido hackeada. O caso está em andamento desde então. Em julho de 2018, os credores tiveram uma vitória quando o tribunal emitiu uma ordem aprovando uma petição para iniciar a reabilitação civil.
No mês passado, o administrador do Mt. Gox, Nobuaki Kobayashi, estava tentando estender o prazo para a apresentação de pedidos de reabilitação civil.
O Japão continua protegendo seu setor de exchanges depois de mais uma grande invasão em janeiro deste ano, com a exchange Coincheck, que perdeu mais de meio bilhão de dólares de altcoins.
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